PROPOSTA DE INTERVENÇÃO : ALUNOS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................1
INTRODUÇÃO .........................................................................................................1
OBJETIVO..................................................................................................................5
CAPÍTULO I - PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA ANALISADA……………….....................................................................................5
1.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA ( ENSINO FUNDAMENTAL).....................................................................................................5
CAPÍTULO II – AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM...................................8
2.1.O QUE SÃO CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS .....................11
CAPÍTULO III – U M CURRÍCULO FLEXÍVEL, A AVALIAÇÃO E A ATUAÇÃO DIFERENCIADA DO PROFESSOR.......................................................................................................15
3,1. FLEXIBILIDADE DO CURRÍCULO E ADAPTAÇÃO ÀS NECESSIDADES DE ALGUMAS CRIANÇAS...........................................................................................................15
3. 2. O TRABALHO DIFERENCIADO DO PROFESSO..........................................................................................................16
CAPÍTULO IV - UMA PROPOSTA DE TRABALHO E DE AVALIAÇÃO PARA ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS ..................................................17
4.1 ANAMNESE...................................................................................................18
4.2 PESQUISA COM PROFESSORES.......... ....................................................19
4.3 DADOS OBTIDOS .........................................................................................20
4.4 ANÁLISE INTERPRETATIVA........................................................................22
1.5 SUGERINDO ATIVIDADES..........................................................................24
CAPITULO V - PROPOSTA DE APOIO PEDAGÓGICO PARA CRIANÇAS DISLÉXICAS E COM TDAH................................................................................................................26
CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................28
ANEXOS .........................................................................................................32
ANEXO I- QUESTIONÁRIO-ANAMNESE...................................................32
ANEXO II- FICHA DE PESQUISA COM PROFESSORES...........................35
ANEXO III- ATIVIDADES..............................................................................37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................39
RESUMO
Este trabalho pretende gerar uma reflexão sobre a importância de a escola atender, de modo diferenciado, aos alunos portadores de necessidades educacionais específicas. Para isso, apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a prática pedagógica realizada com um grupo de cinqüenta e cinco educadores da rede pública e particular, com a finalidade de sugerir tarefas de apoio pedagógico e também uma proposta de avaliação mais ampla e adequada para alunos que apresentam deficiência em aprendizagem, especialmente Dislexia e TDAH, em consonância às leis da Educação Especial no Brasil. Os dados obtidos a partir da análise dos resultados dessa pesquisa foram o ponto de partida para a sugestão de atividades diversificadas – uma contribuição significativa para a atuação do professor, tanto no contexto da sala de aula quanto no processo avaliativo aplicado na criança com necessidades educacionais especiais. Mais importante será a percepção do progresso, ainda que lento, desses alunos e também a grata sensação de ter colaborado para isso.
PALAVRAS – CHAVE: Necessidades especiais – Educadores – Flexibilidade –
Avaliação – Dislexia e TDAH.
INTRODUÇÃO
Tendo vivenciado a área da educação em salas de aula, tanto em escolas públicas como em escolas particulares, vê-se surpreendentemente as expectativas por parte de alguns educadores, ora entusiasmados pela realização de seus ideais de educadores junto aos alunos, ora angústias por não encontrar caminhos que solucionassem ou, até mesmo, amenizassem as dificuldades de aprendizagem apresentadas por outros tipos de alunos. Alunos esses que, com certeza, tem suas potencialidades e habilidades manifestadas, mas nós, inexperientes e mal informados professores, não as enxergávamos. Era um tempo em que a busca de entendimento sobre as causas dos problemas de aprendizagem escolar concentrava-se no educando, por ser ela a portadora de atraso no desenvolvimento psicomotor, perceptivo, lingüístico, cognitivo ou emocional. Essas deficiências a levariam a não ter a prontidão necessária à alfabetização no momento de ingresso na escola. Levariam também, a se sair mal nos testes de inteligência que acusavam, via de regra, um QI muito baixo.
As dificuldades de aprendizagem, nesse contexto, dever-se-iam basicamente ao fato de que a escola não estaria levando em conta as diferenças de desenvolvimento e desempenho de seus educandos. Os professores estriam esperando classes repletas de crianças idealizadas, quando, na realidade, a clientela que se encontra nesses locais é outra.
No entanto, hoje, as causas das dificuldades de aprendizagem das crianças estão sendo buscadas em instâncias do processo educativo, desde a política e a legislação educacional até a situação do professorado, à formação e à valorização profissional do professor e suas condições de trabalho. Entre esses fatores podemos mencionar as vicissitudes burocráticas, legais e institucionais do trabalho do professor: a segmentação da tarefa escolar, a sobrecarga de trabalho
burocrático, as repercussões da Lei. Dá-se, portanto, uma mudança de foco. Se este, num determinado momento, foi a criança e tentou-se buscar nela, através de uma abordagem medicalizada e psicologizada, a fonte da dificuldade, agora o centro da análise é fundamentalmente o processo de produção do fracasso escolar dentro da instituição-escola. Pesquisas sobre as causas do fracasso escolar estão no presente, muito mais voltadas para o que se chama de causas intra-escolares desse fracasso. De alguma maneira, a concepção segundo a qual a criança que não consegue aprender é portadora de dificuldades e de deficiências pessoais é um momento superado na pesquisa educacional.
Hoje, a qualidade da relação professor-aluno assume uma importância que não tinha anteriormente. Não se trata, contudo, de encontrar um novo réu: se antes os culpados eram a criança e a família, agora ele não pode ser o professor. Temos de entender as condições de trabalho e de formação do professor para entender a qualidade da relação professor-aluno, não só do ponto de vista pedagógico, isto é, do quanto esse professor é competente ou não tecnicamente, mas também em termos de relacionamento afetivo, interpessoal que ele estabelece com seus alunos. É inaceitável que crianças, jovens e adultos ainda hoje sejam discriminados por apresentarem dificuldades de aprendizagem (troca de letras, sílabas, numerais, etc.) alcançando um rendimento inferior aos demais. Como conseqüência, tornam-se rebeldes, insatisfeitos com a escola e, por conseguinte, fracassados. O pior é que ainda falta informação profissional dos educadores para lidar com essas diferenças. É exatamente por esse motivo que julgamos fundamental e necessária a discussão sobre o tema que aqui expomos, levando em consideração a possibilidade de contribuir para o esclarecimento das questões que envolvem a aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais.A metodologia adotada consta de uma abordagem teórica elaborada a partir de uma consulta a autores preocupados com questões de educação, como Vygotsky, Jussara Hoffmann, Philippe Perrenoud. Incluímos uma pesquisa de campo com professores do ensino fundamental que se submeteram a um questionário sobre seu conhecimento referente às dificuldades de aprendizagem. O resultado encontrado nos levou à proposta de atividades. É objetivando sanar nossas próprias dificuldades em detectar e desenvolver um trabalho pedagógico adequado aos alunos com necessidades especiais, “Distúrbios de Aprendizagem”. Ele será apresentado em cinco capítulos. O primeiro capítulo assinala conceitos referentes a proposta da escola escolhida. No segundo capítulo há uma descrição referente aos Distúrbios de Aprendizagem e das crianças com tais. O terceiro capítulo relata a importância da atuação do professor junto aos alunos com necessidades educacionais especiais. A partir do quarto capítulo será encontrada uma proposta diferenciada para o trabalho do docente. Tais elementos presentes nesta tem importante para a construção de nossa proposta de atividades e avaliação para alunos que apresentam necessidades especiais de aprendizagem. O propósito é ampliar a discussão reflexiva sobre velhos temas, enfocando novas perspectivas, no sentido de levar o conjunto dos professores a assumir um compromisso maior com o ensino-aprendizagem das crianças portadoras de características de Transtorno e Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Dislexia. Espera-sE que tanto a reflexão possam levá-los a um posicionamento crítico, autônomo e consciente frente ao trabalho, tornando a escola mais competente ao ensinar aqueles que dependem quase que exclusivamente dela para a aquisição dos conhecimentos sistemáticos e das habilidades valorizadas pela sociedade. No quinto e último capítulo será apresentada a proposta de apoio pedagógico para crianças com dificuldades de aprendizagem. Pois a escola é um dos agentes responsáveis pela integração da criança na sociedade, além da família. É um componente capaz de contribuir para o bom desenvolvimento de uma socialização adequada da criança, através de atividades em grupo, de forma que capacite o relacionamento e participação ativa das mesmas, caracterizando em cada criança o sentimento de sentir-se um ser social.
OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivos:
- Provocar reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem, bem como sobre o pouco que se faz, uma vez que, geralmente todos os alunos são trabalhados e avaliados da mesma forma, sem que se considere as diferenças individuais das crianças que apresentam necessidades especiais.
- Oferecer sugestões e subsídios, como contribuição para que se desenvolva um trabalho de apoio pedagógico aos alunos com dificuldades de aprendizagem, visando a incentivar seu desempenho e a melhorar sua auto-estima de tal forma que, mesmo a passos lentos, aprender se torne algo significativo, prazeroso, com sabor de conquista.
CAPÍTULO I - PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA RITA BRAGA
1.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA (ensino fundamental)
A proposta pedagógica da ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA RITA BRAGA leva em conta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9.394/96, a Constituição Brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o disposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais - PNC.
A metodologia de ensino Da instituição acima citada, está baseada na proposta construtivista, para o trabalho com os alunos de Ensino Fundamental, ou seja, o objetivo é levar o educando a explorar e descobrir todas as possibilidades do seu aprendizado, dos objetivos, das relações, do espaço e através disso, desenvolver a sua capacidade de observar, descobrir e pensar. As Atividades são programadas à inserir o conteúdo a ser trabalhado dentro do objetivo a ser alcançado pela escola.
No Ensino Fundamental, a proposta pedagógica da Escola privilegia também o ensino enquanto construção do conhecimento, o desenvolvimento pleno das potencialidades do aluno e sua inserção no ambiente social utilizando, para isso, os conteúdos curriculares da base nacional comum e os temas transversais, trabalhados em sua contextualização.
O Ensino Fundamental deve estar comprometido com a democracia e a cidadania. Nesse sentido, baseados no texto da Constituição de 88, os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs orientam a escola quanto aos princípios gerais que visam à consecução das seguintes metas:
- respeito aos direitos humanos e exclusão de qualquer tipo de discriminação, nas relações interpessoais, públicas e privadas;
- igualdade de direitos, de forma a garantir a equidade em todos os níveis;
- participação como elemento fundamental à democracia;
- co-responsabilidde pela vida social como compromisso individual e coletivo.
A LDB 9.394/96 tem na cidadania seu eixo orientador e se compromete com valores e conhecimentos que viabilizam a participação efetiva do aluno na vida social; em função disso, são 3 nossas diretrizes de ensino:
- posicionamento em relação às questões sociais e visão da tarefa educativa como intervenção intencional no presente;
- tratamento de valores como conceitos reais, inseridos no contexto do cotidiano;
- inclusão dessas perspectivas no ensino dos diversos conteúdos escolares.
A inclusão de temas sócio-culturais no currículo transcende o âmbito das diversas disciplinas e corresponde aos Temas Transversais, preconizados pelos PCNs pra o Ensino fundamental e que se caracterizam por:
- urgência social;
- abrangência nacional;
- possibilidade de ensino e aprendizagem no Ensino Fundamental;
- favorecimento na compreensão da realidade social.
Na forma de:
- ética;
- diversidade cultural;
- meio-ambiente;
- saúde;
- orientação sexual;
- temas locais,
serão agregados, sempre que possível, a temáticas que evidenciem os contextos da comunidade onde Escola está inserida.
Objetivos gerais para o aluno
- domínio de corpo e de conhecimentos ;
- aquisição de habilidades para a vida ;
- aquisição de habilidades de síntese e aplicação de conhecimentos;
- formação de juízos de valor a partir da vivência no ambiente social;
- aquisição de leitura e escrita e uso competente de tais habilidades;
- cooperação individual e coletiva em situações particulares, locais e globais;
- compreensão de deveres e direitos de cidadania
O currículo escolar valorizará, ainda, as seguintes atividades
- estudos do meio;
- eventos cívicos e comemorativo
- viagens de integração e socialização;
- visitas a exposições, mostras culturais e eventos.
Avaliação
As práticas de avaliação são, primordialmente, observacionais, com ênfase na avaliação qualitativa sobre a quantitativa, independentemente do critério de atribuição de notas ou conceitos.
Os professores utilizarão fichas individuais de acompanhamento e observação dos alunos( fixadas nos diários), com os itens a serem preenchidos e condizentes com os conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais desenvolvidos
Capítulo II – As dificuldades de aprendizagem
A área da educação nem sempre é cercada somente por sucessos e aprovações. Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim são rotulados pela própria família, professores e colegas.
É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem há algum tempo.
As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado.
A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras conseqüentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.
- Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem seqüências lógicas e outros. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco conhecido.
- Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.
- Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como conseqüência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.
- TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que trás consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros profissionais capacitados.
Os professores podem ser os mais importantes no processo de identificação e descoberta desses problemas, porém não possuem formação específica para fazer tais diagnósticos, que devem ser feitos por médicos, psicólogos e psicopedagogos. O papel do professor se restringe em observar o aluno e auxiliar o seu processo de aprendizagem, tornando as aulas mais motivadas e dinâmicas, não rotulando o aluno, mas dando-lhe a oportunidade de descobrir suas potencialidades.
constata-se que a grande maioria dos portadores desse distúrbio precisa de acompanhamento pedagógico extraclasse, com atividades diferenciadas, visto que os sintomas que eles apresentam, prejudicam o seu desenvolvimento emocional e social.
O TDAH, não é um transtorno exclusivo da infância e, muitas vezes, os
sintomas seguem ao longo da vida do indivíduo. É comum encontrá-los em adultos que já o apresentavam desde a infância, mas nunca tinham sido
diagnosticados.
- Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina. A conclusão de um diagnóstico de dislexia é um processo difícil. Envolve uma equipe de profissionais, constituída de Psicólogos, Fonoaudiólogos e Psicopedagogos, pois o diagnóstico é feito a partir da presença ou não de determinados fatores e sintomas. Podem ainda ser envolvidos o Neurologista, o Oftalmologista, o Otorrinolaringologista, o Geneticista e o Pediatra. A troca de informações entre todas as áreas de saúde envolvidas vai permitir que a equipe estude o caso e chegue a um diagnóstico final.
A importância do diagnóstico completo e do encaminhamento adequado está no fato de que não há um acompanhamento padrão, sendo que cada disléxico apresenta combinações de “sintomas” diferentes. Em geral, a criança disléxica é considerada relapsa, desatenta, preguiçosa, sem vontade de aprender, o que cria uma situação emocional que tende a se agravar, especialmente em função da injustiça que possa vir a sofrer. Infelizmente as escolas não estão preparadas para lidar com alunos disléxicos. Nela sempre houve disléxicos, mas a escola que se conhece não foi feita para eles. A maioria dos educadores em sua formação profissional não recebe informações sobre este assunto em profundidade.
Quanto ao método aplicado para o trabalho com disléxicos, entende-se que deve ser apropriado e possuir as melhores estratégias para inserir os educandos na sala de aula “normal”, juntamente com outras crianças, com um professor que compreenda seus problemas e que organize suas aulas de forma a poder prestar ajuda extra, dentro da sala de aula, sempre que eles precisarem. O professor deve estar familiarizado com os métodos de ensino para maior sucesso com a criança disléxica. Esses métodos são baseados num programa de linguagem estruturada e fazem uso de todos os canais sensoriais envolvidos, como audição e visão, uso da memória, tanto na escrita quanto na leitura.
2.1 O que são crianças com necessidades especiais ( dificuldades de aprendizagem).
Atualmente, a política educacional prioriza a educação para todos e a inclusão de alunos que, há pouco tempo, eram excluídos do sistema escolar, por portarem deficiências físicas ou cognitivas; porém, um grande número de alunos (crianças e adolescentes), que ao longo do tempo apresentaram dificuldades de aprendizagem e que estavam fadados ao fracasso escolar pôde freqüentar as escolas e eram rotulados em geral, como alunos difíceis.
Os alunos difíceis que apresentavam dificuldades de aprendizagem, mas que não tinha origens em quadros neurológicos, numa linguagem psicanalítica, não estruturam uma psicose ou neurose grave, que não podiam ser considerados portadores de deficiência mental, oscilavam na conduta e no humor e até dificuldades nos processos simbólicos, que dificultam a organização do pensamento, que consequentemente interferem na alfabetização e no aprendizado dos processos lógico-matemáticos, demonstram potencial cognitivo, podendo ser resgatados na sua aprendizagem.
A criança com dificuldade de aprendizagem tende a ficar muito exausta com seus esforços e erros constantes. Aumentar a carga escolar em casa é uma estratégia geradora de fracassos e desestímulos, logo, mal sucedida. Mesmo porque, geralmente, as crianças disléxicas são também TDAH. A rotina e as distrações devem ser evitadas e as instruções dadas de forma clara, objetiva e simples, para evitar confusões.
É bom lembrar que a criança é a mesma pessoa em casa e na escola, sendo assim, o professor e a família devem ser aliados, sendo fundamental
estabelecerem uma linguagem comum no trato com essa criança. Se ela não pode aprender da maneira ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que ela possa aprender. Assim, a primeira tarefa de preocupação deve ser a dos pais e professores, buscando áreas em que a criança se destaca e pondo ênfase nelas. O sucesso obtido naquilo que é capaz de fazer contribui para enfrentar novos desafios.
Ao professor caberá estudar muito. Fazer cursos, ler mais, conhecer e aplicar técnicas especiais de leitura, para que os educandos possam desfrutar de uma leitura compreensiva. É verdade que os disléxicos vão cometer sempre erros ao escrever e os TDAH não vão de um dia para outro ter toda concentração, mas poderão ler normalmente e, inclusive, surpreender em determinadas situações.
Raramente as dificuldades de aprendizagem têm origens apenas cognitivas. Atribuir ao próprio aluno o seu fracasso, considerando que haja algum comprometimento no seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo, lingüístico ou emocional (conversa muito, é lento, não faz a lição de casa, não tem assimilação, entre outros.), desestruturação familiar, sem considerar, as condições de aprendizagem que a escola oferece a este aluno e os outros fatores intra-escolares que favorecem a não aprendizagem.
As dificuldades de aprendizagem na escola, podem ser consideradas uma das causas que podem conduzir o aluno ao fracasso escolar. Não podemos desconsiderar que o fracasso do aluno também pode ser entendido como um fracasso da escola por não saber lidar com a diversidade dos seus alunos. É preciso que o professor atente para as diferentes formas de ensinar, pois, há muitas maneiras de aprender. O professor deve ter consciência da importância de criar vínculos com os seus alunos através das atividades cotidianas, construindo e reconstruindo sempre novos vínculos, mais fortes e positivos.
O aluno, ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade, agressividade, etc. A dificuldade acarreta sofrimentos e nenhum aluno apresenta baixo rendimento por vontade própria.
Durante muitos anos os alunos foram penalizados, responsabilizados pelo fracasso, sofriam punições e críticas, mas, com o avanço da ciência, hoje não podemos nos limitar a acreditar, que as dificuldades de aprendizagem, seja uma questão de vontade do aluno ou do professor, é uma questão muito mais complexa, onde vários fatores podem interferir na vida escolar, tais como os problemas de relacionamento professor-aluno, as questões de metodologia de ensino e os conteúdos escolares.
Se a dificuldade fosse apenas originada pelo aluno, por danos orgânicos ou somente da sua inteligência, para solucioná-lo não teríamos a necessidade de acionarmos a família, e se o problema estivesse apenas relacionado ao ambiente familiar, não haveria necessidade de recorremos ao aluno isoladamente.
A relação professor/aluno torna o aluno capaz ou incapaz. Se o professor tratá-lo como incapaz, não será bem sucedido, não permitirá a sua aprendizagem e o seu desenvolvimento. Se o professor, mostrar-se despreparado para lidar com o problema apresentado, mais chances terá de transferir suas dificuldades para o aluno.
Os primeiros ensinantes são os pais, com eles aprendem-se as primeiras interações e ao longo do desenvolvimento, aperfeiçoa. Estas relações, já estão constituídas na criança, ao chegar à escola, que influenciará consideravelmente no poder de produção deste sujeito. É preciso uma dinâmica familiar saudável, uma relação positiva de cooperação, de alegria e motivação.
Torna-se necessário orientar aluno, família e professor, para que juntos, possam buscar orientações para lidar com alunos/filhos, que apresentam dificuldades e/ou que fogem ao padrão, buscando a intervenção de um profissional especializado.
A Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira – LDB nº 9394/96 – é muito clara quando aponta que a finalidade da educação nacional é de tríplice natureza:
a) visa ao pleno desenvolvimento do educando
b) ao preparo para o exercício da cidadania e
c) à qualificação para o trabalho.
Em momento algum seus artigos e pareceres excluem alunos portadores de necessidades especiais; pelo contrário, em seu Capítulo V, artigo 58, oferece a eles a plena garantia de seus direitos, desde oportunidades escolares para seu desenvolvimento integral como pessoa e cidadão até o acesso ao mercado de trabalho. Lamentavelmente, o que se observa é que determinadas dificuldades que o indivíduo apresenta tornam-se, preconceituosamente, uma barreira imposta pelo social que o impede de exercer uma profissão ou mesmo ser qualificado para o trabalho.
No entanto, é fundamental salientar que educandos portadores de necessidades especiais têm um amparo legal, como se pode observar no Documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais – Brasília, 1999, referente às Adaptações Curriculares – Estratégias para a Educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Muitas vezes, tal aparato é desconhecido tanto por parte dos familiares quanto de dirigentes e educadores e, quando se trata de jovens e adultos, dos empregadores que negam o acesso a uma ocupação.
É preciso reconhecer que, atualmente, muitas empresas criaram programas de responsabilidade social e vêem com outros olhos a questão da inclusão, no seu quadro de funcionários, de indivíduos portadores de dificuldades especiais.
No que se refere à escola, ainda fica muito a desejar, pelo fato de que a inclusão, apesar de existir, não tem sido trabalhada adequadamente. Professores despreparados – apesar de muitos com boa vontade – não sabem lidar com dificuldades de aprendizagem e tratam a criança como se ela não apresentasse a problemática, ou simplesmente a isolam. Inúmeras vezes, currículo, metodologia, atividades e avaliações rígidas e inadequadas ampliam conflitos, ansiedades e fracassos escolares, num visível descompromisso e desatendimento à própria Lei.
Capítulo III- Um currículo flexível, a avaliação e a atuação diferenciada do professor. Em um sentido mais amplo, o Currículo expressa e busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural definido pela sociedade. Nessa concepção, currículo e projeto político pedagógico da escola estão intimamente ligados à educação para todos que se deseja conquistar e agilizam a sua concretização. Através do currículo o projeto pedagógico escolar torna-se viável, uma vez que orienta as atividades educativas, as formas de executá-las e define suas finalidades. Pode ser visto como um guia que sugere sobre o que, quando e como ensinar, o que, como e quando avaliar. A escola para todos requer uma dinamicidade curricular que permita ajustar o fazer pedagógico às necessidades dos alunos. Para que as necessidades especiais, daqueles com dificuldades de aprendizagem sejam atendidas na escola regular, é necessário que os sistemas educacionais modifiquem não só as suas atitudes e expectativas em relação a esses alunos, mas, também, que se organizem para construir uma escola real para todos, que dê conta dessas especificidades.
3.1 Flexibilidade do Currículo e Adaptação às necessidades de algumas Crianças.
A obtenção de uma adequação curricular viável, a escola precisa considerar o seu cotidiano, levar em conta as necessidades e capacidades dos seus alunos e os valores que orientam a prática pedagógica. Pressupõe-se que a adaptação do currículo regular, quando necessário, deve torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades educacionais especiais. Não um novo currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda eficazmente a todos esses educandos.
A maior parte das adaptações curriculares realizadas na escola é considerada menos significativa, porque constituem modificações menores no currículo regular, são facilmente realizadas pelo professor no planejamento normal das atividades docentes e constituem pequenos ajustes dentro do contexto normal de sala de aula. Algumas destas adaptações não significativas do Currículo servem como medidas preventivas, levando o aluno a aprender os conteúdos curriculares de maneira mais ajustada às suas condições individuais de aprendizagem. Portanto, deve-se concluir que um currículo rígido, de rara flexibilidade, fecha as portas para que a criança desenvolva suas potencialidades, participe de atividades de integração e se realize como ser humano, tornando-se um cidadão mais feliz. As adaptações curriculares avaliativas dizem respeito à seleção de técnicas e instrumentos utilizados para avaliar o aluno e devem sugerir modificações sensíveis na maneira de apresentar as técnicas e os instrumentos de avaliação, a sua linguagem, de forma diferente dos demais alunos, para atender às peculiaridades dos que portam necessidades educacionais especiais.
3.2 O trabalho diferenciado do professor
Embora muitos professores interpretem as adaptações curriculares como sendo medidas que se referem a um “abrir mão” da qualidade do ensino ou “empobrecer as expectativas educacionais”, as adaptações curriculares podem ser as únicas alternativas possíveis para os alunos que apresentam necessidades especiais, como forma de evitar a sua exclusão.
É o professor quem vai perceber as necessidades e dificuldades de seus alunos, analisar as possibilidades de alterar sua metodologia, adaptar seu currículo e, até mesmo, a forma de conduzir suas aulas e as atividades avaliativas.
O professor precisa criar avaliações diferenciadas ou modificar, ampliar, diversificar a aplicação da avaliação, para atender as crianças com necessidades educacionais especiais.
Muitas vezes, procedimentos simples como: ler as questões de uma verificação de conteúdos (para alunos disléxicos ou com TDAH), fazer questionamentos orais (para alunos disléxicos), são suficientes para que os resultados sejam mais próximos da verdade.
O professor deve estar familiarizado com os métodos de ensino, para maior sucesso com as crianças consideradas especiais. Esses métodos são baseados num programa de linguagem estruturada que faz uso de todos os canais sensoriais envolvidos na audição, visão, memória, tanto na escrita quanto na leitura.
Capítulo IV - Uma proposta de trabalho e de avaliação para alunos com necessidades especiais.
Depois de muitos embates e polêmicas, corrigindo os erros e reforçando os acertos, fazendo reformulações, incorporando as críticas e sugestões de educadores, alguns destes estão convictos de que não se pode esperar que as mudanças demorem mais a acontecer. A partir de grandes nomes da educação, como Perrenoud e Vygotsky desenvolveram-se pesquisas que muito contribuem para que ocorra essa transformação tão desejada.
Neste capítulo, é apresentada, uma anamnese e uma pesquisa com professores da rede pública referente ao trabalho com alunos com necessidades especiais e a seguir, a análise dos dados obtidos. Em um segundo momento, é feita uma proposta sobre o “Trabalho de Apoio” e a “Avaliação” que atendam a esses educandos.Deduz-se, então, que se faz necessária uma maior orientação, capacitação e até, mesmo uma reflexão do professor sobre a qualidade de seu trabalho, de seus conceitos pedagógicos e de sua percepção como mediador do processo de avaliação. Para ilustrar a importância de uma atuação atenta às dificuldades de seus alunos, segue o exemplo de um trabalho em conjunto entre professores-escola, aluno e família.
4.1 Anaminese
Fábio e Júnior (nomes fictícios) são um meninos muito ativos, mas que tem distúrbios de aprendizagem - DISLEXIA e TDHA– Eles são alunos da Escola Municipal Professora Rita Braga. Dentro das metodologias aplicadas no ensino aprendizagem dos educandos, o ponto de partida foi a área que poderia ter uma repercussão mais imediata do ponto de vista motivacional. Tanto com o Fábio quanto com o Júnior; foram desenvolvidos exercícios, jogos, e atividades que exigiam precisão, atenção, memória e níveis de pensamento progressivamente mais evoluídos.
Depois de um meses de trabalho, a área de ênfase, foi mudada. As professoras dos educandos começaram a estudar juntas com ele, após ter chegado à constatação de que Fábio e Júnior não sabiam estudar sozinhos, ou seja, quando sozinhos não estudavam de uma forma produtiva porque não tinham um método de estudo apropriado. Em primeiro lugar, as professoras buscaram a coordenação da escola e leram juntas alguns artigos sobre hábitos de estudo e como estudar com educandos com distúrbios de aprendizagem. Procuraram ver formas eficientes de estudar Português, História, Matemática e Ciências. Aplicaram-se, de quando em quando, alguns testes para verificar a aprendizagem de certos conteúdos. Após algum tempo de trabalho, Fábio quanto Júnior adquiriram confiança em si mesmo e quiseram testar a possibilidade de estudar sozinhos, no bimestre seguinte. Valendo-se dos conhecimentos trabalhados, eles estudaram sozinhos. Seus resultados foram razoáveis. Referindo-se às notas, a evolução não foi grande, mas grandiosa foi a elevação da auto-estima dos dois e a autoconfiança adquirida. As aulas diferenciadas mostraram, principalmente, que Fábio havia descoberto sua forma de construir conceitos, descoberto que podia acreditar em si mesmo, na sua capacidade de aprender. Todas essas mudanças tiveram repercussões importantes e positivas na maneira de Fábio e Júnior enfrentarem as aprendizagens e as avaliações escolares .
A partir desse caso, é possível considerar que os distúrbios de aprendizagem ali descritos podem ocorrer em graus variados de comprometimento e podem justificar alguns insucessos escolares verificados mais intensamente na segunda metade do Ensino Fundamental. À medida que os educandos reorganizam seus padrões de comunicação, de linguagem, de aprendizagem e de avaliação, ocorre uma melhora significativa de sua auto-estima, fator essencial para o progresso da aprendizagem. Portanto, podem-se observar modificações que se refletem em sua personalidade, oportunizando uma relação mais satisfatória consigo mesmo e com os demais, interrompendo, inclusive, uma carreira de fracasso escolar exatamente como se deu com os alunos Fábio e Júnior.
4.2. Pesquisa
Para este trabalho foram também selecionados dados colhidos da experiência junto a professores da rede pública , com formação em cursos superiores na área da educação. Esta pesquisa tem um enfoque sobre o conhecimento desses educadores a respeito de necessidades especiais de alguns de seus alunos e sobre a importância que conferem à avaliação diferenciada para os mesmos. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi elaborado um questionário, entregue pessoalmente aos professores e coordenadores do Colégio citado anteriormente no capítulo I deste trabalho.
4.3 Dados Obtidos
Após coleta de dados, quantitativamente, seguem os resultados em forma de gráficos e qualitativamente por meio de uma análise interpretativa.
Item 1 – Sexo Figura 1 – Distribuição dos participantes da pesquisa
segundo o sexo
Masculino 16%..............................
Feminino 84 %...................................
Item 2 - Idade entre:
Figura 2- Distribuição dos participantes da pesquisa segundo a idade.
a) 26 a 38 anos ....... a
b) 39 a 49 anos ........b
c) Mais de 50 anos ....c
Figura 2- Distribuição dos participantes da pesquisa segundo a idade.
Item 3 -Você leciona para alunos com necessidades especiais, que apresentam
alguma dificuldade ou distúrbio de aprendizagem?
Sim 39 %
Não 16 %
Não sei 15 %
Figura 3- Distribuição dos participantes da pesquisa
segundo a experiência, atualmente, com
alunos que possuem necessidades educacionais especiais.
B - Qual?
DV - Distúrbio visual 13
DML - Distúrbio Mental Leve 12
DA - Déficit de Atenção 9
DOWN - Síndrome de Down 7
DA - Deficiência Auditiva 6
TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 3
Autista 1
Disléxico 3
4.4 Análise Interpretativa
A intenção desta pesquisa e da análise interpretativa que a seguir é levar o professor a refletir mais rigorosamente sobre a criança com necessidades especiais para que ela tenha a chance de uma educação mais voltada para si, sem que, para isso, tenha de se isolar dos outros alunos, seus parceiros sociais e de aprendizagem, ignorando-se o comprometimento pedagógico tanto com os alunos ditos “normais” quanto com aqueles que apresentam dificuldades escolares.
O maior grupo que respondeu ao questionário foi o feminino. Observa-se pequena diferença entre as opiniões masculinas e femininas, mas as respostas mais adequadas e coerentes foram dadas pelo grupo do sexo feminino que, demonstrou ter maior interesse em pesquisar, se informar e trocar experiências com seus colegas a respeito de seus alunos com necessidades especiais.
A maioria dos professores que respondera à pesquisa encontra-se na faixa etáridos 27 aos 44 anos.
Embora a maioria dos professores pesquisados tenham respondido afirmativamente sobre sua atuação com crianças com necessidades especiais, é pertinente refletir sobre aqueles ( minoria) que responderam que NÃO trabalham com essas crianças. Esse resultado soa como uma distorção da realidade porque a maioria dos professores pesquisados ministram aulas para turmas que normalmente são numerosas (entre 30 e 40 alunos por sala), e dentro deste universo parece quase impossível não existirem crianças com necessidades especiais. Como o grupo é formado por profissionais que têm, no mínimo, um contato semanal com seus alunos, é lamentável que não percebam qualquer sinal que demonstre suas necessidades especiais para “crescer” no seu aprendizado.
etapa da questão cinco causa estranheza: o baixo índice de alunos com Dislexia (3) e com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Esses números também parecem irreais, uma vez que até há pouco tempo tínhamos tantos alunos “diagnosticados” como hiperativos e era comum ouvir dos mais entendidos: “Hiperatividade virou sinônimo de falta de educação”.
O que mudou nesse pequeno período? Conceitos? Medo de rotular alunos? Desconhecimento?Descompromisso?
Esses são alguns dos questionamentos que, se não agora, merecem atenção e devem ser investigados posteriormente. Mediante os dados obtidos no item 3, fica claro que a maioria dos professores identifica crianças com necessidades especiais quando estas possuem sinais básicos muito evidentes como, por exemplo: Síndrome de Down (SD), Deficiência Visual (DV) ou até mesmo Deficiência Mental Leve (DML). Quando a dificuldade ou necessidade especial requer do professor algo mais do que a simples observação da aparência física ou o comportamento patente de seu aluno, ele sente maior dificuldade para reconhecer o distúrbio e, muitas vezes, não o encaminha para especialista, para que este o ajude no trabalho docente. Há um aparente medo de afirmar algo que entre em confronto com a negativa dos pais; um medo de rotular a criança ou até mesmo de citar suas suspeitas e elas serem infundadas.
Na realidade, há muitos professores despreparados e/ ou desatentos, que desperdiçam momentos ricos e únicos nessas experiências com a criança, não explorando, de forma explícita, simultânea e efetivamente integrada os aspectos afetivos, psicomotores, cognitivos e sócio-culturais, como naturalmente presentes em tais experiências.
Hoje, sabe-se que a avaliação não se resume em verificar e/ou registrar resultados de determinados conteúdos, pois a verificação e o registro da aprendizagem de determinados assuntos são apenas elementos norteadores do trabalho docente. Após comprovar a não aprendizagem, é preciso refletir sobre os resultados e modificar a prática pedagógica, tornando-a mais adequada, mais oportuna para cada aluno. A avaliação de aprendizagem, mais especificamente, envolve e diz respeito diretamente a dois elementos do processo: educador / avaliador e educando / avaliando. Alguém (educando) que é avaliado por alguém (educador) (Jussara Hoffman, 1995:13).
Dessa maneira, a avaliação deve ser um processo único, de caráter subjetivo, individual, sem perder o contexto interativo do aluno com seus colegas de classe, de escola, com seus professores, com sua família e com o seu meio.
4.5 Sugerindo Atividades
Frente ao que foi constatado na pesquisa aqui apresentada, seguem algumas sugestões que visam favorecer a atuação dos professores com alunos portadores de Distúrbios de Aprendizagem.
A primeira sugestão dirigida’ aos colegas professores é que preparem diariamente algumas atividades que proporcionem aos educandos oportunidades para contarem suas histórias, seus “casos”. É um precioso momento no qual o professor vai conhecer mais o seu aluno; este, por sua vez, vai aprender a se expressar e os outros, nesse momento, estarão aprendendo a ouvir. O professor também deve observar; captar o pensamento informulado, infraverbal e sempre que precisar, fazer interferências, orientando o diálogo e a atenção para que as colocações mais significativas sejam percebidas por todos. A idéia principal é a de que os educandos com dificuldades de aprendizagem encontrem na escola algo diferente, uma nova e mais agradável forma de aprender.
Outra sugestão é criar grupos para resolver atividades. Nesse caso, as vantagens são muitas, pois o aluno que tem maior facilidade ensina aquele que não a possui, criando um clima de companheirismo entre eles. Reforça-se aqui a idéia de que sempre que se coloca alunos trabalhando em comunidade, aparecem bons resultados.
Encontram-se, anexos, atividades que são sugestões de exercícios que desenvolvem a observação, melhoram o grau de atenção e concentração dos alunos, e assim, garantem maior rendimento nas disciplinas curriculares, fato que vem ocorrendo em experiência pedagógica com a utilização desses exercícios.
Como os estímulos visuais e auditivos do computador têm sido um aliado no tratamento dos distúrbios de aprendizagem, apresenta-se também, propostas de jogos de discriminação visual para estimular crianças a ler e escrever, jogos de memória, cruzadinhas, quebra-cabeças e seqüências de imagens (frutas, objetos e animais) para desenvolver a atenção e a memória.
A partir de aplicações das propostas didáticas mencionadas, a coleta de depoimentos significativos por parte dos professores confirma o caráter integrador e inovador das sugestões, assim como a necessária cautela na sua implantação, tanto pelo entusiasmo que gera em alguns professores como pela resistência que encontra em outros. Dentre as suas verbalizações, destaca-se:
“Eu gostaria de refazer muitas coisas; vou fazê-las no próximo ano.”
• “Até aquela criança (...) participou de tudo”.
• “Nunca tinha me ocorrido propor isso (...) às crianças”.
• “Eu ainda não consegui me liberar nestas atividades”.
• “Eu não estou com vontade de mostrar o que fiz”.
• “Percebi que algumas crianças, inicialmente, necessitavam de mais tempo para realizarem algumas atividades”.
• “E as atividades de rotina como é que ficam?”.
Esses e outros depoimentos verbais, assim como as próprias reações afetivas de alguns professores durante a vivência dessa experiência, refletem algumas das mudanças e questionamentos que esta proposta em trabalhar diferenciado com crianças com dificuldades de aprendizagem pode gerar. Todas essas manifestações não poderiam ser expressas aqui na sua íntegra. Além de não haver tempo, nem espaço suficientes, tal proposta didática tem de ser, sobretudo, “vivenciada”, tanto pelos professores como pelos coordenadores que pretendem aplicá-la. Só assim se poderá sentir a dimensão de toda a sua gama de variações e improvisações, segundo o grupo de professores e crianças para quem é aplicada ou que a ela se submetem.
A proposta não pretende ser “idealista” nem “abstrata”, pois está sendo construída a partir de reflexões, discussões e estudos teórico-práticos. Ela ainda comporta revisões, discussões, complementações e enriquecimentos, a partir do aumento gradativo da amostra de professores e crianças, com os quais estamos trabalhando.
A forma de trabalho, aqui exemplificada, inclui-se numa proposta didática mais ampla, que pode ser desenvolvida junto aos professores em formação e/ou que se encontram em prática profissional. A modalidade de ensino e assessoramento junto a estes professores prevê que eles, inicialmente, vivenciem algumas “experiências integradoras” para se sensibilizar e refletir sobre a sua própria atuação. Posteriormente, lhes oportunizando a seleção de procedimentos didáticos adequados e possíveis de serem desenvolvidos junto às crianças com necessidades educacionais especiais, objetivando uma maior integração desses alunos ao grupo social ao qual pertencem.
CAPÍTULO V - Proposta de apoio pedagógico para crianças disléxicas e com TDAH
Esta é uma Proposta de Trabalho com Atividades de Apoio e Avaliação que têm dado resultados satisfatórios na inclusão de alunos portadores de necessidades especiais, dentre as quais foram escolhidos - Dislexia e TDAH.
O propósito é o de contribuir com os professores que, por falta de conhecimento teórico-prático, muitas vezes, deixam de proporcionar aos seus educandos, uma integração mais satisfatória e, por conseqüência, uma avaliação mais adequada, mais real, mais significativa. O professor tem o papel explícito de interferir no processo diferentemente de situações informais na quais a criança aprende por imersão em um ambient cultural. Portanto, o professor tem um papel de destaque, como provocador de avanços nos alunos e isso se torna possível com sua interferência na zona proximal. É na zona de desenvolvimento proximal que a interferência de outros indivíduos é a mais transformadora. É ai que reside o grande desafio de quem ensina.
A qualidade do trabalho pedagógico está associada, nessa abordagem, à capacidade de promoção de avanços no desenvolvimento do aluno. Pode-se encontrar o fundamento dessa posição no conceito de zona de desenvolvimento proximal que descreve o “espaço” entre as conquistas já adquiridas pela criança (aquilo que ela já sabe, que é capaz de desempenhar sozinha) e aquelas que, para se efetivar, dependem da participação de elementos mais capazes (aquilo que a criança tem a competência de saber ou de desempenhar somente com a colaboração de outros sujeitos). Rego (1995 : 106) O papel do professor é muito relevante e as análises das pesquisas realizadas ajudaram a constatar que a maioria dos professores trabalha com atividades improvisadas e únicas, para todos os seus alunos, esquecendo porém, que existem aqueles que possuem necessidades educacionais especiais e que podem ser “assistidos” sem causar prejuízo aos demais. Baseando-se nessas análises, em pesquisas e na experiência profissional seguem propostas de atividades que sejam:
• simples e de fácil acesso a todos, porque foram retiradas e adaptadas de revistas encontradas e“Livrarias” e/ou em “Bancas de Jornal”. Tais atividades precisam ter seus objetivos bem explicitados, de modo que professor não perca as verdadeiras intenções de sua aplicação: para que servem e o que pretende atingir com elas.
• de comprovada eficácia. (foram trabalhadas durante quase cinco anos)
• que podem ser realizadas por todos os alunos, evitando assim a exposição
daqueles que, por causa de suas dificuldades, mais necessitam delas;
• contribuições significativas para sua atuação profissional, permitindo um trabalho mais eficaz, que desenvolvam também as potencialidades dos alunos com necessidades especiais, incluindo-os ao grupo em que se encontram.
Mesmo distantes da inclusão escolar completa e ideal, é possível ter a certeza de que se forem unidos: alunos – família e educadores comprometidos em um trabalho direcionado para o objetivo comum da integração, os resultados serão surpreendentes e obtidos com maior eficácia. As sugestões aqui descritas e que se encontram no Anexo I – Atividades para crianças com TDAH e no Anexo II – Atividades para alunos com Dislexia, têm o propósito é: provocar a criatividade do professor, de modo que ele próprio descubra novos recursos facilitadores para lidar com seus alunos com necessidades educacionais especiais.
Considerações Finais
O trabalho aqui exposto fundamentou-se na concepção da escola democrática, na qual toda criança tem direito à educação, enfocando, também, a abordagem centrada nos professores como profissionais que podem atender as crianças com necessidades especiais, desde que recebam interferências e auxilio em cursos de capacitação, atualização e formação continuada no tocante ao seu trabalho com a diversidade, e principalmente com crianças com Dislexia e TDAH.
É evidente que na escola existem alunos com distúrbios de aprendizagem, no entanto, o professor não está preparado para identificá-los, nem para desenvolver um trabalho em sala de aula de forma a minimizar os problemas educativos que esses distúrbios possam causar.
A proposta de “Apoio Pedagógico às crianças com necessidades educacionais e especiais” foi considerada, pelos professores, eficaz e de fácil aplicação, uma vez que os resultados obtidos em aulas de reforço foram positivos e, em mais de 70% dos casos, minimizaram os problemas educacionais das crianças com Dislexia e TDAH.
Todas as pesquisas para a realização das atividades sugeridas para apoio pedagógico dessas crianças foram baseadas nas concepções de Vygotosky sobre o funcionamento do cérebro humano. Essas concepções fundamentam a idéia de que as funções psicológicas superiores (por exemplo, a memória é constituída ao longo da historia social do homem em relação ao mundo). Desse modo, as funções psicológicas superiores referem-se a processos voluntários, ações conscientes, mecanismos intencionais e dependem de processos de aprendizagem.
Para Vygotsky existem, dois níveis de desenvolvimento: um real, já adquirido ou formado, que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria, e um potencial, ou seja, a capacidade de aprender com outra pessoa. Para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma conhecimento e a partir de relações intra e interpessoais.
É na troca com outros sujeitos e consigo mesmo que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência. Trata-se de um processo que caminha no plano social - relações interpessoais para o plano individual interno - relações intrapessoais.
Assim, a escola é o lugar onde a intervenção pedagógica interacional desencadeia o processo ensino-aprendizagem. O professor tem o papel explicito de interferir no processo diferentemente de situações informais na quais a criança aprende por imersão em um ambiente sócio-cultural. Portanto, o professor tem um papel de destaque como provocador de avanços nos alunos e isso se torna possível com sua interferência na zona proximal.
Se o aprendizado impulsiona o desenvolvimento, então a escola tem um papel essencial na construção do ser psicológico adulto dos indivíduos que vivem em sociedades escolarizadas. Mas o desempenho desse papel só se dará adequadamente quando, conhecendo o nível de desenvolvimento dos alunos, a escola dirigir o ensino não para etapas intelectuais já alcançadas, mas sim para estágios de desenvolvimento ainda não incorporados pelos alunos, funcionando realmente como um motor de novas conquistas psicológicas.
O processo de ensino-aprendizagem na escola deve ser construído, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças.
De acordo com Moretto (2006:44) é a partir das concepções prévias dos alunos que o professor organiza suas estratégias para o ensino. É dessa forma que, pode ser entendida a interação entre o sujeito (aluno), o objeto (objetos de conhecimento representado por conceitos e fatos) e o mediador (professor facilitador do processo da aprendizagem).
Para que o processo de ensino-aprendizagem seja eficiente, existem outros aspectos que devem ser apresentados:
• A percepção - ao longo do desenvolvimento, humano, a percepção torna-se cada vez mais um processo complexo. Ela age num sistema que envolve outras funções. Ao percebermos elementos do mundo real, fazemos interferências baseadas em conhecimentos adquiridos previamente e em informações sobre a situação presente interpretando dados perceptuais a luz de outros conteúdos psicológicos. “Percebo o objeto como um todo, como uma realidade completa, articulada e não como um amontoado de percepções sensoriais” (Vygotsky, 1984, página 42 ).
• A atenção – que vai sendo gradualmente submetida a processos de controle voluntário, em grande pacote fundamentado na mediação simbólica.
• A memória – uma importante função psicológica ao longo do desenvolvimento e com poderosa influência dos significados e da linguagem.
Diante do exposto, faz-se importante lembrar a atuação do professor, como mediador no processo ensino-aprendizagem e é por essa razão que apresentamos a eles nossa proposta de apoio pedagógico que o auxiliará no trabalho, principalmente com as crianças que apresentam necessidades educacionais especiais. Segundo Rego (1995:118)
“Os postulados de Vygotsky parecem apontar para a necessidade de criação de uma escola bem diferente da que conhecemos. Uma escola em que as pessoas possam dialogar, duvidar, discutir, questionar e compartilhar saberes. Onde há espaço para transformações, para as diferenças, para o erro, para as contradições, para a colaboração mútua e para a criatividade. Uma escola em que professores e alunos tenham autonomia, possam pensar, refletir sobre o seu próprio processo de construção de conhecimento e ter acesso a novas informações. Uma escola em que o conhecimento já sistematizado não é tratado de forma dogmática e esvaziado de significado”.
ANEXOS
ANEXO I- QUESTIONÁRIO – ANAMINESE
1.DADOS DA CRIANÇA:
Nome:
Idade:
Local e data de nascimento:
Residência: Própria( ) Alugada( )
2.DADOS DOS FAMILIARES:
Nome do pai:
Grau de instrução:
Profissão:
Idade: Naturalidade:
Nome da Mãe:
Grau de instrução:
Profissão:
Idade: Naturalidade:
*OUTROS FILHOS:
Nome:
Idade: Escolaridade:
Nome:
Idade: Escolaridade:
Nome:
Idade: Escolaridade:
3.QUEIXA INICIAL:
• Você acha que o paciente apresenta alguma dificuldade para aprender na escola? Qual?
• Desde quando percebeu esse problema?
• Já procuraram especialistas? Quais?
• O paciente está fazendo algum tipo de tratamento médico?
( )psicólogo ( ) Psiquiatra ( )Neurologista ( ) Pediatra ( ) outros, quais?
4. GESTAÇÃO:
• Quais as condições de saúde da mãe durante a gravidez?
• Levou alguma queda ou susto forte?
• Quais as condições emocionais da mãe durante a gravidez?
• O paciente nasceu com quantos meses?
• Com quantos quilos?
• Comprimento ao nascer?
• Qual tipo de parto? ( ) Normal ( ) Cesariana
• Teve algum problema após o pato? Qual?
5.SAÚDE:
• A criança sofreu algum acidente?Qual? ( ) sim ( ) não
• Submeteu-se a alguma cirurgia?Qual? ( ) sim ( ) não
• Possui alergias? ( ) sim ( ) não
• Tem bronquite ou asma? ( ) sim ( ) nã
• Apresenta problema de visão? Qual? ( ) sim ( ) não
• Apresenta algum problema de audição? Qual? ( ) sim ( ) não
• Apresenta dor de cabeça? ( ) sim ( ) não
• Já desmaiouo alguma vez? ( ) sim ( ) não
• Quando?
• Como foi?
• Teve ou tem convulsões? ( ) sim ( ) não
• Alguém da família apresenta algum problema de :
( ) desmaios ( ) convulsões ( ) ataques
• Quem?
6. ALIMENTAÇÃO:
• O paciente foi amamentado? ( ) sim ( ) não
• Até quando?
• Alimenta-se bem? Como é seu apetite?
7. SONO:
• Possui sono: ( )tranqüilo ( )inquieto ( ) agitado ( ) refere pesadelos
( ) Acorda varias vezes.
• Qual o horário de dormir?
• Dorme sozinho ou com alguém?
8.DESENVOLVIMENTO:
• Andou com que idade?
• Deixou da usar fraldas com que idade?
• É lento para realizar alguma atividade? Qual?
• Como o relacionamento da criança com os pais?
( ) tranqüila ( ) agressiva ( )amorosa ( )muito quieta ( ) fechada ( )passiva
( ) medrosa ( ) desligada.
• Quais as medidas usadas para disciplinar o paciente?
• Como reage quando é contrariado?
• Quais as atividades preferidas?
• Descreva o dia-a-dia do paciente desde quando acorda até a hora de dormir:
• O paciente gosta de ir à escola? ( ) sim ( ) não
• Já repetiu a séria alguma vez? ( ) sim ( ) não
• Qual ou quais?
• Gosta de estudar? ( ) sim ( ) não
• Tem horário para estudar? ( ) sim ( ) não .Qual?
• Os pais ajudam o pacienta nas atividades escolares? ( ) sim ( ) não
ANEXO II
1.2 Ficha da Pesquisa
PESQUISA
Objetivo: Coletar dados para desenvolver um Trabalho sobre “Avaliação”
1 - Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 - Trabalha em Escola ( ) Pública ( ) Estadual ( ) Municipal
( ) Particular
3 – Idade.................................. 4 - Leciona há........................ anos
5 – Você leciona para alunos com necessidades especiais que apresentam
alguma dificuldade ou distúrbio de aprendizagem?
( ) Sim Qual? ..............................................................................
( ) Não
( ) Não sei
6 – Você já lecionou para alunos com necessidades especiais que
apresentavam alguma dificuldade ou distúrbio de aprendizagem?
A - ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
B – Em caso positivo, o(s) aluno(s) foi(ram):
( ) Promovido(s) ( ) Retido(s) ( ) Desistiu(ram)
( ) Aprovados pelo Conselho de Classe
7 – Você reconhece que o aluno com necessidades especiais precisa de uma
avaliação diferenciada?
( ) Sim Qual?.......................................................................
( ) Não
ANEXO III– ATIVIDADES
Atividade 1: O QUE SERÁ?
Esta atividade consiste em reconhecer e identificar letras para crianças com distúrbio de dislexia, devido à dificuldade da leitura.
Sempre que pintar uma letra, pedir que a criança a reproduza em outra folha. As letras que sobraram em branco, a criança as copiará unindo-as e formando a palavra.
Com atividades desse tipo o aluno conseguirá mais memorização das letras. São atividades que podem ser aplicadas com mais freqüência.
ATIVIDADE 2 - SOPA DE LETRAS
Toda atenção e concentração serão necessárias, devido ao emaranhado de letras envolvidas.
A criança deverá ir eliminando com (X) ou como ela achar melhor. Poderá também reproduzir no caderno cada vez que identificar uma letra.
Para dar continuidade ao exercício, o aluno deverá escrever palavras com a letra que aparece mais vezes no grande emaranhado.
Descubra neste montão de letras qual aparece mais vezes. Pode-se iniciar com o próprio nome da criança, depois seguir com nomes de objetos do interesse dela: carros, jogadores de futebol, times, filmes, etc.
ATIVIDADE 3 - ENCONTRE AS AVES
A atividade deve ser apresentada à criança alfabetizada, pois ela deve conhecer as letras do alfabeto.
Explicar que a atividade também é para conhecer as aves do Brasil. Discutir sobre eles, como: cores das penas, tamanho do bico, alimentação, quais correm risco de extinção, etc.
Mostrar figuras (se possível), ou pedir que pesquise, trazendo suas descobertas para que os amigos possam conhecer também.
Após breve debate, explorar o diagrama, procurando o nome dessas aves, se tiver as figuras, colar no caderno e escrever seus nomes e características.
ATIVIDADE 4- OFICINA DE RELEITURA E REESCRITA
QUEM CANTA, E CONTA SEUS MALES ESPANTA...
Ciclo: Primeiro.
Temas Transversais: Pluralidade cultural.
Tempo De Duração: 4 meses.
Fontes De Informação: Livros de música e CDs com cantigas de roda, MPB, forró , CDs - áudio books de histórias infantis ( o pequeno príncipe por exemplo), etc.
Colaboradores: Familiares, pessoas e músicos da comunidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• CAPOVILLA, A. G. S., CAPOVILLA, F. C. Problemas de Leitura e Escrita – Como identificar, prevenir e remediar numa abordagem fônica. Editora Memnon, 2004.
• FONSECA, V. Tendências futuras de educação conclusiva. Educação. Porto Alegre nº 49, 2003.
• HOFFMANN, J. O Jogo do Contrário em Avaliação. 2ª ed. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2006.
• LDB – Lei de Diretrizes e Bases nº 9394 / 96
• MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação Especial. Brasília, DF, 1996.
• MORETO, V. P. Prova: um momento privilegiado de estudo – não um acerto de contas. 6ª ed. Editora DP&A, 2006.
• PERRENOUD, P. Da Excelência à Regulação das Aprendizagens: Entre Duas Lógicas. Porto Alegre: Ed. Artmed, 1999.
• REGO, T. C R., VYGOTSKY, L. S. Uma perspectiva histórico cultural da educação. 17ª edição. Petrópolis: Rio de Janeiro.
• VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
• VYGOTSKY. L. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 2ª edição. São Paulo: Ícone, 1989.
Barbara, minha filha tem TDAH, so diagnosticado aos 10 anos de idade depois de muitas vezes eu ter brigado com ela achando q ela era preguiçosa ou relapsa. Hoje lendo mais constantemente sobre o assunto vejo o quanto fui injusta com ela e também o quanto as escolas estão despreparadas para alunos com as necessidades dela. Não se trata de passar a mão pela cabeça, mas de ver que ela tem necessidades diferenciadas de outros alkunos mas tem plena capacidade de conseguir ter rendimentos iguais aos demais alunos. Não a trato como especial, até pq a vida cobra igual ou mais ainda de pessoas como ela, mas busco dar a ela os meios para se desenvolver, como ginastica artistica, judô, xadrez, etc...
ResponderExcluirPor outro lado, tenho visto um pouco de má vontade por parte do colegio onde ela estuda, o Militar de Ilhéus. estou a algum tempo buscando uma lei que fala dos direitos de alunos como ela ou portadores de dislexia, dislalia disortografia. A um tempo atras eu vi esta lei onde diz do direito a atendimento diferenciado, até mesmo direito a provas orais, trabalhos entre outros, como forma de avaliação. Encarecidamente, será que vc sabe qual é esta lei, e também outra que fala do limite de alunos em sala de aula qd existem alunos com necessidades especiais?
caso saiba, gostaria de um meio para entrar em contato com vc meu e-mail e msn é: eu_dcs@hotmail com
Também tenho grande interesse em saber desta lei.
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