Momento com Deus

Oração para antes e depois do trabalho

Inspira nossas ações, Senhor e acompanha-as com teu auxilio, para que qualquer das nossas atividades tenha sempre em ti o seu inicio e o seu cumprimento.

Senhor quero que o meu trabalho de hoje seja um ato de amor a ti, a minha família e ao mundo. ajuda-me a vive-lo com alegria, como uma colaboração a tua obra de criadora, a minha própria realização e ao caminho de libertação da humanidade. Aceito o sofrimento que isso comporta, como participação na cruz de Jesus. E recomendo aos teus olhos de Pai os desempregados, os pobres e os desafortunados. Amem

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domingo, 30 de maio de 2010

ANÁLISE DO TEXTO - ALEGRES E IGNORANTES DE LYA LUFT

 EDUCAÇÃO QUE NÃO ENSINA

Em nosso cotidiano, o uso da língua ocorre por meio de interações verbais face a face sem restrições de contexto, condições, formas e interesses. Diariamente, empregamos a língua nas mais distintas situações e adquirimos experiências variadas, participando de atividades em que alcançamos o sucesso pretendido ou o insucesso indesejável. Contudo, todo usuário da língua sabe como iniciar, desenvolver e encerrar uma conversação; sabe introduzir, manter ou mudar o tópico discursivo; sabe dizer algo explicita ou implicitamente; sabe sugerir ou evidenciar uma idéia. Portanto, podemos concluir que todo indivíduo sabe a diferença entre fazer um elogio, um pedido ou uma ordem, pois tem noção de que há diferenças não só de ato de fala, mas distintas relações de poder. Segundo Marcuschi (1988:2), os falantes têm noção de que não é simples lidar com todo esse saber.

Partindo da análise do texto, observas-se a concepção de que saber língua é saber a sua gramática em situação de uso são enfocadas separadamente, mostrando que estas estão bem distantes das práticas nas sala de aula.

Em se tratando da gramática do texto/discurso, para Charolles (1987, apud Koch e Travaglia, 2000:44), esta tem natureza cognitivo-pragmática, a qual não possui a função de formular regras que definam:

‘[...] a boa ou a má formação do texto, mas busca representar os processos de tratamento e retratamento postos em ação pelos sujeitos, quando interpretam os dados textuais e que normalmente obedecem a restrições que levam em conta certas determinações psicológicas. .

Dentro desse prisma, fica evidente a importância do estudo da coerência, a qual é vista como um princípio de interpretabilidade do texto, sendo o seu estabelecimento dependente de elementos lingüísticos e do contexto lingüístico, do conhecimento de mundo, de fatores pragmáticos e interacionais.

Então, o texto é o ponto de partida e o ponto de chegada durante o trabalho em classe, e para analisá-lo, é importante salientar que se adotará a concepção de leitura apontada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1997:53), segundo a qual “A leitura é um processo pelo qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua”.

O processo de leitura e de análise lingüística proposto pelo texto alegres e ignorantes será realizado segundo uma divisão meramente didática e obedecerá às etapas de pré-leitura; leitura, e pós-leitura do mesmo. Nesse sentido, a etapa de pré-leitura consiste em uma atividade incentivada e acionada antes do início da leitura propriamente dita. Ela está ligada à teoria de esquemas, que aciona o conhecimento prévio do leitor e permite criar hipóteses sobre o conteúdo do texto, traçando uma ponte entre o texto a ser lido e o conhecimento histórico-cultural do leitor, essenciais ao processo de construção do significado do texto (Tagliaber & Pereira, 1997).

Já a etapa de leitura refere-se ao contato do indivíduo com o texto propriamente dito. Esta pode realizar-se em voz alta, silenciosamente ou de forma colaborativa. Solé (1998) considera a leitura compartilhada a mais eficaz, pois ensina estratégias que os alunos podem utilizar sozinhos.

A última etapa, a de pós-leitura, trata das atividades realizadas após a leitura, com o objetivo de tornar explícitos os conhecimentos constituídos implicitamente por meio da leitura. Para tanto, recorrer-se-á ao processo psicolingüístico de leitura, a partir de atividades de decodificação, compreensão e interpretação do texto.

Dessa forma, apresentar-se-á uma proposta de leitura e de análise lingüística para o texto, o qual mostra que a Ignorância também é vício. A escolha dá-se em função de o assunto do texto não ser desconhecido aos alunos, fazendo parte de seu contexto sociocultural, o que proporciona maior envolvimento na atividade.

O texto alegres e ignorante, refere-se à ignorância não só gerada pela pobreza, do povo brasileiro, mas põe em ênfase a ignorância daqueles que leem, estudam e ainda assim continuam ignorantes diante do próprio conhecimento adquirido por longos anos de graduação. Mas é bom levar em consideração que as atividades de leitura do texto privilegiarão o trabalho tanto com a análise lingüística, contemplando aspectos relevantes da gramática textual (coesão textual) e da gramática da frase (uso recorrente da voz passiva), como também com a prática reflexiva de leitura, buscando associar o título do texto ao ponto de vista expresso pelo autor. Propondo discutir esse ponto de vista, ora validando-o ora questionando-o por meio de diferentes visões, obtidas no contexto do texto.

EDUCAÇÃO QUE NÃO ENSINA, MAS ALIENA.

A ignorância é um dos principais problemas da população brasileira. Pessoas são ludibriadas pelo simples fato de não terem a informação necessária para saber no mínimo quais os seus direitos. Será que estamos aprendendo e ensinando ou estamos fingindo que aprendemos e que ensinamos? O processo educacional, por sua vez, deve ser um plano para a vida toda; e assim tem que ser, pois sabedoria não é algo que se consiga em uns poucos anos de escola. Em verdade, a escola por si só não é condição suficiente para fazer de alguém um sábio; é preciso estudo constante, reflexão, observação. A educação pouco praticada, não leva à formação mais completa do estudante e do cidadão, faz-se necessário preparar o indivíduo para interagir com as informações esparsas e construir seu conhecimento de mundo. Apesar dessa constatação, nossa escola (e não nos limitemos aos níveis básicos, estamos falando também do ensino superior) continua tentando formar seus alunos como se ainda estivéssemos no século passado e não no limiar de uma nova era. Ensinando fatos e cobrando sua memorização, fazendo assim que a escola esqueça seu principal papel: o de ensinar a aprender; se construção a das relações críticas entre os diversos fenômenos, e a vida em sociedade.O indivíduo deve ser sabedor da existência de determinadas informações e de onde se localizam para que, no momento adequado, as acesse. Nesse sentido, é papel importante da escola criar ambientes de aprendizagem fundamentados na pesquisa, enquanto busca e avaliação de informações.

Neste exercício de repensar a educação é importante não cair nas armadilhas da "ditadura dos conteúdos"; Mais vale um aluno entender bem e profundamente uma pequena parcela do que é proposto do que não entender nada. Mais vale aprender menos conteúdos mas aprender a ter prazer com o uso do intelecto, a apreciar a pesquisa, e descobrir as demais informações, ao invés de ouvir sobre muitas coisa e não aprender sobre as mesmas. Há que transformar a sala de aula num ambiente interativo facilitador da aprendizagem que leve o indivíduo a não só adquirir conhecimentos, mas também reconhecer que a utilidade do conhecimento e a sua aplicação mais importante está fora da sala de aula, a habilidade de pensar criticamente pouco valor tem se não for exercitada no dia-a-dia das situações da vida real. Tudo isto não ocorre espontaneamente, e aí entra o papel do professor, encorajando os alunos a fazerem conexões com eventos externos ao mundo da simulação, descobrindo a ligação entre a situação vivida e os conteúdos curriculares.

Diante da totalidade dos desafios e das incertezas do tempo atual, que evidenciam uma desestabilização dos aspectos da educação como agente de transformação e reflexão do conhecimento, acredita-se que só com a ressignificação da mesma como fenômeno social complexo e a adoção de uma postura crítico-reflexivo pode-se conseguir adquirir uma verdadeira educação que ensina e não aliena, deixando ou seus usuário alegres e conscientes de seu conhecimento e não mais alegres e ignorantes diante do saber.

Para tanto, torna-se necessário (re)investir sempre na abrangência da formação profissional cujos aportes considerem a importância da formação teórica, não como condição da prática, mas de reflexão sobre a prática (Libâneo, 2000); a dupla conotação da prática como ação ética orientada para fins e como atividade instrumental adequada a situações; a cultura crítica como inerente à reflexão/refletividade, por meio das quais o profissional possa (re)incorporar, (re)exercitar e aprimorar as mesmas competências (Perrenoud, 2000, 1999) que pretende desenvolver em seus educandos.

REFERÊNCIAS:

• BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais do Ensino Médio: Linguagens e Códigos. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. Secretaria de Ensino Médio, 1997.
• MARCUSCHI. Luiz Antônio.Oralidade e Ensino de Língua: uma questão pouco “falada”. 1988:2

• TAGLIABER, L. K. ; PEREIRA, C. M. Gragoatá. Atividades pré-leitura. (92): 73-92, 1997.
• SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre, RS.: ArtMed,1998.

PROJETO DE INTERVENÇÃO: JORNAL NA ESOLA

PROJETO JORNAL NA ESCOLA
TEMA: Eu Faço Parte Dessa História...
PROBLEMA:
Como maneira de diversificar a forma de aprender e ensinar, a escola aderiu a estas novas formas de trabalhar a produção textual, pois já não se faz necessário escrever sempre as mesmas coisas e do mesmo jeito; é preciso incentivar o educando a criar e escrever a sua própria história de várias formas e com novos contextos. Ás vezes os Professores trabalham as informações de acordo com seu plano de trabalho, procurando desenvolver junto aos seus alunos as habilidades que não os levam a criticar, sugerir, ler, interpretar e até mesmo de escrever sobre diversos assunto. Tais habilidades são indispensáveis nessa sociedade em que tudo envolve muita interpretação. O professor como mediador tem papel fundamental na articulação destas informações, principalmente na filtração para o uso na educação. A busca através da pesquisa proporciona muitas descobertas, principalmente quando os mesmos produzem as suas próprias informações. Alunos resgatam sua auto-estima ao descobrir que sua produção pode ser trabalhada por outros colegas, valorizando ainda mais a sua produção. O trabalho com informativos ou jornais escolares são exemplos de produções significativas que vem ganhando campo em muitas escolas, principalmente por possibilitar um universo de abordagens. O projeto “jornal Escolar” visa proporcionar informações institucionais e educativas a toda comunidade, onde a finalidade principal está em despertar a produção e participação direta dos alunos, desta forma desenvolvendo os mais variados tipos de habilidades.

O “Jornal escolar” visa a superar o baixo rendimento dos alunos, a partir da melhoria da leitura e da escrita, bem como estimular a expressão oral e produção textual. As matérias publicadas incluem tipos e gêneros textuais diferentes, presentes no convívio social e na vida do aluno: artigos de opinião, poesias, notícias, concursos, acrósticos, charges, dicas (saúde, esporte, trabalho, vivências), recados, bilhetes, cartas, crônicas, contos, diários, receitas, entrevistas, histórias em quadrinhos, resenhas (livros, filmes), adivinhações, charadas, desafios matemáticos etc.
PÚBLICO ALVO:

O projeto será direcionado a educadores, equipe técnica e educandos do 4º ciclo ( 8ª série) do ensino fundamental de uma escola pública estadual da cidade de Canavieiras-BA.
JUSTIFICATIVA:

O jornal, como fonte primária de informação (FARIA, 2005) pode ser considerado um dos mais importantes instrumentos de comunicação entre alunos e professores, a escola e sociedade. Informar os leitores de assuntos que fazem parte do seu contexto certamente despertará a curiosidade dos leitores envolvidos, principalmente se essa comunicação abordar princípios pedagógicos e de conhecimentos. A interpretação, a produção, os erros ortográficos e gramaticais, a falta de criatividade são fatos que preocupam a educação atualmente, mesmo com tantas inovações metodológicas, a forma com que o sistema avalia nossos alunos continua a mesma. As avaliações que medem os índices de níveis de aprendizados cobram muito a interpretação e a produção. Conseqüentemente professores buscam na medida do possível trabalhar vários tipos de linguagem textual para tentar amenizar os índices. Um jornal como recurso didático possibilita o trabalho com diversos textos, além de despertar nos alunos habilidades como: pesquisar, produzir, criticar, interpretar, discernir, corrigir, etc.
OBJETIVOS:
OBJETIVO GERAL

Utilizar a produção do jornal para informar, comunicar, integrar e atacar os problemas relacionados à composição textual, desenvolvendo ao mesmo tempo habilidades que venham trazer informações construtivas de nível institucional e educacional à comunidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estimular a leitura e escrita;

- Despertar a criatividade; -

Proporcionar a formação crítica dos alunos quanto às informações recebidas;

- Promover a integração dos alunos;

- Divulgar informações institucionais e educacionais;

- Trabalhar informações e temas atuais;

- Desenvolver a capacidade de procurar, organizar e apresentar as informações;

- Incentivar a cooperação;

- Elaborar uma produção significativa;

- Integrar e inter-relacionar disciplinas e conteúdos;
REVISÃO DE LITERATURA:

Segundo TAJRA (2001: 137), A produção de textos é um dos componentes mais importantes para a consolidação de nossos conhecimentos. Quem se expressa, expressa-se em função de alguma situação e finalidade; quem conclui desenvolve uma visão critica sobre algo. O jornal também proporciona um trabalho interdisciplinar, já que na elaboração do roteiro poderá ser distribuídas editorias de outras áreas, além do português. Qualquer produção exige do produtor uma prévia preparação e pesquisa, essa sistematização desperta as habilidades, resgata a auto - estima e participa à comunidade os fatos e trabalhos desenvolvidos na escola.

Um trabalho de produção pode desenvolver algumas habilidades de linguagem, escrita e oralidade, através de instrumentos como o computador e recursos didáticos como jornais e revistas. Sistematizar as ações é fator fundamental para o desenvolvimento do projeto, considerando sempre alguma flexibilidade no que diz respeito à seleção de editoriais e grupo de trabalho. A importância de produzir, pesquisar, revisar e desenvolver várias habilidades nos leva a considerar um grande percentual de aproveitamento e consequentemente chegar a uma produção significativa.
METODOLOGIAS

O desenvolvimento do projeto terá inicio com a escolha do grupo de trabalho. No segundo momento será atribuído um nome ao jornal escolar, através de sugestões de alunos da escola e avaliada por votação e equipe de professores e integrantes da equipe do jornal. O terceiro momento será para a definição e distribuição das reportagens abordadas. Observando que estas deverão ser produzidas pelos próprios educando e deverão conter assuntos relacionados com o Colégio Estadual Osmário Batista. E que todas as matérias do jornal deverão ter a participação de professores que fazem parte do colégio, principalmente aqueles que já estão a mais tempo no quadro efetivo. A pesquisa e produção serão trabalhadas com professor de português e Inglês responsáveis pelas turmas organizadoras do jornal. Em seguida inicia-se a fase de esquematização e designer no laboratório de informática, também com professor responsável. Nessa etapa do projeto serão definidos pelos alunos envolvidos, os padrões, modelos, letras e cores. Só depois de revisado os textos é que será iniciada a digitação do trabalho. Para finalizar, o projeto terá uma nova revisão seguindo a última fase, a de impressão.
RECURSOS
HUMANOS

Alunos do 4º ciclo do ensino fundamental;

Professores, estagiárias

Equipe técnica e gestores da escola.

MATERIAIS

Jornais antigos e atuais;

Revistas;

Papel A4 ou A6 para impressão;

Impressora jato de tinta colorida;

Computador;

Internet;

Livros e documentos históricos;

Cadernos;

Mídias de CD;

CRONOGRAMA:

MÊS ATIVIDADES PARA DESENVOLVER

AGOSTO

04 - 07 -Apresentar o programa para a diretora da escola;

-Fazer a seleção das turmas na escola que participará do projeto e apresentar o projeto para as professoras das turmas selecionadas;

10-20 - Coletar materiais ( livros, documentos, revistas, edições antigas de jornais, etc);

- selecioná-los para a realização das atividades e entregá-los para os professores, estimulando-os para a elaboração do projeto;

24-31 - Definir as turmas que participarão do projeto;

- Capacitar professores e equipe técnica que desenvolverão as atividades;

SETEMBRO

01-04 - Distribuir os temas que serão trabalhados por grupos ou turmas;

07-11 - Aplicar as oficinas para a confecção dos textos ( matérias) do jornal em Português e Inglês;

-Iniciar a avaliação dos alunos, registrando as oficinas realizadas com seus respectivos resultados;

-Produzir relatório das atividades para a avaliação;

14-18 - Escolha de modelos e padrões de designer (laboratório) e conhecimento do programa a ser trabalhado;

-Primeira digitação no programa Publisher e impressão para revisão;

25 -Apresentação do trabalho para a comunidade

26 - Apresentação do trabalho para a comunidade

-Produção de relatório final;

-Revisão de relatório final.

27 -Entrega de relatório final.
RESULTADOS ESPERADOS

O projeto em questão será avaliado pelo envolvimento da comunidade escolar, quanto aos temas e ações desenvolvidos durante e depois pela repercussão dentro do contexto. Como o trabalho passa por várias etapas de revisão, será observada em cada grupo de trabalho a participação ativa em todas as tarefas desenvolvidas, em todas as revisões e visita no laboratório. Ao trabalhar caminhos percorridos para a solução do erro (sem saber que errou) conseguimos encontrar as falhas e corrigi-lás sem que ofenda o aluno e/ou diminua sua auto-estima, desta forma incluir e não excluir nossos alunos. Toda construção acontece pela verificação e depuração de caminhos. Ao avaliar, não queremos medir conhecimentos, mas verificar falhas em nossa prática como mediadores e tentar outros métodos e metodologias que nos ajude a corrigi-lás.
REFERÊNCIAS:

• LAGE, Nilson S. Estrutura da Notícia. São Paulo: Ática, 2000

• PENA, Felipe S. Jornalismo Literário. São Paulo: Contexto, 2006

• SANTA’ANA, Armando S. Propaganda – Teoria, Técnica e Prática. São Paulo: Thomson Pioneira, 1998

PROJETO DE INTERVENÇÃO - LÍNGUA PORTUGUESA: UM CONTO EU RECONTO.

UM CONTO, EU RECONTO.
Problema
Um dos grandes desafios do docente na escola é o despertar para a prática da leitura. É por isso que a questão do ato da leitura está dia-a-dia no centro das propostas escolares.
Hoje o eixo do ensino-aprendizagem para os educadores de Língua Portuguesa é a diversidade das informações e a contextualização. Com a contextualização a leitura é possível para quem ainda não sabe ler e também para quem ainda precisa despertar o gosto pela prática da leitura.
A realidade está cercada de palavra. Os alunos vivem o seu dia-a-dia cercados de textos e informações. É na utilização destes que os educandos tornam-se capazes de utilizar o que aprendem em situações reais, pois, só quando o aluno é capaz de ler e compreender os textos do mundo em que ele está inserido, é que o mesmo se tona um verdadeiro usuário da leitura (ele conta e reconta).
PÚBLICO ALVO:
O projeto será direcionado a educadores, equipe técnica e educandos do 4º ciclo (7ª série) do ensino fundamental de uma escola pública Estadual da cidade de Canavieiras-B A.
JUSTIFICATIVA:
O Projeto surgiu a partir de uma observação realizada em uma escola da rede Estadual de ensino com alunos do 4º ciclo do ensino fundamental (7ª Série), com o ensejo de contribuir com o desenvolvimento dos mesmos. O Projeto mostra algumas oportunidades no contato do educando com a leitura do mundo que o rodeia; textos, placas (informativas), livros, revistas, jornais etc.Em vez capacitar os alunos para repetir palavras, textos e decorar regras; é preciso trazer para a sala de aula o conhecimento do mundo.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, a releitura é a compreensão crítica da importância do ato de ler. É necessário trabalhar pedagogicamente com as particularidades da releitura utilizando-se do contexto social e cultural em que o educando está inserido para que ocorra a linguagem.
A realidade escolar está vinculada a repetições literárias, o que traz resistência no educando quanto á prática da leitura. Na maioria das vezes nas escolas o ato da leitura não é associado ao prazer de ler; faz-se necessário o resgate da leitura como criação de vínculo entre o aluno e o que ele lê.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL

Proporcionar ao educando a compreensão do ato da leitura, para que o mesmo possa repeti-la, recriá-la e reinventá-la em seu contexto social e cultural, desenvolvendo nos alunos a criatividade e o gosto pelo ato de ler e suas habilidades como leitores através de atividades variadas.

OBJETIVOS ESPECÌFICOS

- Refletir sobre o ato da leitura e os seus fenômenos, principalmente na questão da

variedade lingüística.

- Promover a releitura como interação entre o aluno e mundo, ampliando assim a interpretação do educando.

- Contribuir com a diminuição da evasão, da repetência e com o rendimento do aluno.

- Ampliar o desenvolvimento dos professores em sala de aula, bem como a criação de vínculos entre os mesmos e alunos.
REVISÃO DE LITERATURA
É cada vez mais necessário que a escola trabalhe tendo como função a transformação do mundo e suas realidades. É preciso que esteja contida nessa função a ênfase da criação e da recriação do conhecimento, dentro do cotidiano a oralidade ocupa sem dúvida lugar de destaque, pois, a Língua Portuguesa é constituída de variedades as quais determinam as situações de comunicação.
Segundo Paulo Freire (1995) o fato de necessitar da ajuda do educador, como ocorre em qualquer relação pedagógica, não significa anular a criatividade na construção da linguagem, especialmente na leitura desta linguagem, Na verdade tanto o educando quanto o educador é capaz de expressar oralmente seus conhecimentos, sem ser necessário que seja feito uma leitura rigorosa do mundo, mas que essa leitura possibilite a releitura de mundo e de palavras.
A biblioteca, por exemplo, não precisa ser vista como um depósito silencioso de livros, mas tem que, ser vista como fator fundamental para o aperfeiçoamento da prática da leitura. Os objetos e palavras que nos rodeiam também não precisam perder sua significação, mas é preciso anexá-los em nossa contextualização oral.
Pode-se considerar que é preciso que exista uma leitura que não só produza palavras, mas que propicie compreensão de idéias, para que ocorra uma leitura constante em todos os níveis escolares.

Ajudar aos educandos a perceberem o valor da leitura não é tão difícil; se esse processo for bem desenvolvido pelo educador, basta que este permita o pensar para que ocorra o repensar, desta maneira ocorrerá a real compreensão da leitura. Na nossa sociedade é inegável a necessidade de se formar leitores ao invés de ledores.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1988), formar leitores é algo possível; para isso, a escola deverá organizar um conjunto de atividades que, progressivamente,

possibilite ao aluno:utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do discurso; utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade, operando sobre as representações construídas em várias áreas do conhecimento; sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes. Pois, a leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.
Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessidades de leitor, conseguindo estabelecer as estratégias adequadas para abordar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas, identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos.
O terceiro e quarto ciclos têm papel decisivo na formação de leitores, pois é no interior destes que muitos alunos ou desistem de ler por não conseguirem responder às demandas de leitura colocadas pela escola, ou passam a utilizar os procedimentos construídos nos ciclos anteriores para lidar com os desafios postos pela leitura, com autonomia cada vez maior.
Assumir a tarefa de formar leitores impõe à escola a responsabilidade de organizar-se em torno de um projeto educativo comprometido com a intermediação da passagem do

leitor de textos facilitados (infantis ou infanto-juvenis) para o leitor de textos de complexidade real, tal como circulam socialmente na literatura e nos jornais; do leitor de adaptações ou de fragmentos para o leitor de textos originais e integrais.
De certa forma, é preciso agir como se o aluno já soubesse aquilo que deve aprender, o professor deve preocupar-se com a diversidade das práticas de recepção dos textos: não se lê uma notícia da mesma forma que se consulta um dicionário; não se lê um romance da mesma forma que se estuda. Boa parte dos materiais didáticos disponíveis no mercado, ainda que venham incluindo textos de diversos gêneros, ignoram a diversidade e submetem todos os textos a um tratamento uniforme.

Para considerar a diversidade dos gêneros, não ignorando a diversidade de recepção que supõem as atividades organizadas para a prática de leitura devem ser diversificadas. Produzir esquemas e resumos pode ajudar a apreensão dos tópicos mais importantes quando se trata de textos de divulgação científica; no entanto, aplicar tal procedimento a um texto literário é desastroso, pois apagaria o essencial. Também não se formará um leitor de textos de imprensa, do qual se espera, senão uma leitura diária, ao menos uma leitura regular dos jornais, lendo-se notícias apenas no primeiro bimestre.

Além disso, se os sentidos construídos são resultados da articulação entre as informações do texto e os conhecimentos ativados pelo leitor no processo de leitura, o texto não está pronto quando escrito: o modo de ler é também um modo de produzir sentidos. Formar leitores é algo que requer condições favoráveis, não só em relação aos recursos materiais disponíveis, mas, principalmente, em relação ao uso que se faz deles nas práticas de leitura.
METODOLOGIA
*Proporcionar condições para uma leitura eficaz, desenvolvendo a releitura, com o intuito de favorecer uma reflexão crítica e sugestiva. Despertando o interesse de formar leitores aptos em releituras.
*Confeccionar textos, para que seja feito um registro destes; posteriormente será feita uma seleção para o conteúdo do diário de leitura, o qual será composto por: textos informativos, poemas, poesias, versos, anúncios, etc.
*Desenvolver grupos de leitura, para que sejam compreendidas as propostas que serão desenvolvidas pelo professor, (organizar rodas de leitura pos exemplo).
*Durante a realização do projeto serão realizadas visitas às salas de aula para a observação do desenvolvimento das atividades, e visitas extra-classe para a observação do meio. Serão feitas entrevistas com os alunos e professores que estarão envolvidas no projeto, para que sejam verificados os resultados das atividades.

RECURSOS
HUMANOS
• Alunos do 4º ciclo do ensino fundamental;

• Professores;

• Equipe técnica e gestores da escola;
MATERIAIS

• Livros diversos de leitura infanto juvenil, revistas, jornais, cadernos;

• Computador;

• Retro projetor;

• Lousa e giz;

• Aparelho de som.

• Mídias de CD, DVD,

• Pendrive

• Internet

CRONOGRAMA

Atividades para desenvolver

MARÇO -Apresentar o programa a Secretaria de Educação.

-Fazer a seleção das turmas na escola que participará do projeto.

- Apresentar o projeto para diretoria e coordenação da escola selecionada.

-fechar parceria com a escola.
ABRIL -Fazer coleta de materiais (livros variados, revistas cadernos,etc.) e selecioná-los para a realização das atividades.

-Definir as turmas que participarão do projeto.

-Capacitar professores e equipe técnica que desenvolverão as atividades.
MAIO -Aplicar oficinas nas aulas de Língua Portuguesa para que os professores possam ir desenvolvendo as novas técnicas.
JUNHO - Iniciar a avaliação mensal dos alunos e consecutivamente registrar as oficinas realizadas com seus respectivos resultados.
JULHO -Produzir relatório de atividades para avaliação.
AGOSTO -Entregar os livros para os professores, e pedir para que o mesmo crie uma oficina literária individual.

- Aplicar a oficina criada pelo professor nas salas, as quais estarão subdivididas em grupo.
SETEMBRO -Observar os professores durante as aulas.

-Estimular os professores para que eles criem novas tecnologias para serem utilizadas durante prática da leitura.

OUTUBRO Estimular os professores para que ocorra a aplicação de atividades lúdicas nos horários das aulas de Língua Portuguesa e extra-classe.
NOVEMBRO -Produção de relatório final.

-Revisão de relatório final.
DEZEMBRO -Apresentação de relatório final.

- Entrega de relatório final.
RESULTADOS ESPERADOS
*Formar professores aptos para o exercício da prática de leituras e releituras.

*Contribuir para o desempenho dos professores em sala de aula.

*Contribuir com o rendimento dos alunos, e consequentemente com a diminuição do alto índice da evasão escolar.

*Aumento do repertório do aluno, levando-o a ser não só um leitor, mas também, um contador de histórias e suas releituras de mundo.

*Confecção de um Diário de textos (poemas, poesias, versos, etc.) para serem apresentados aos participantes do projeto.

* Que todos os objetivos sejam alcançados com grande êxito.


REFERÊNCIAS:

Brasil. Parâmetros Curriculares Nacionais:5ª a 8ª Série.Brasília,1998.
Brasil.Revista da TV escola.Nº. 10 Março / Abril, 1998.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler.31 ed.São Paulo:Autores associados Cortez,1995.







PROJETO DE INTERVENÇÃO - A LÍNGUA INGLESA TEM VALOR

A LÍNGUA INGLESA TEM VALOR.

PROBLEMA

Aprender Inglês é muito importante diante da realidade mundial. A importância do inglês no mundo contemporâneo, pelos motivos de natureza político-econômica, não deixa dúvida sobre a necessidade de aprendê-lo.

Esses mesmos fatores de natureza sociopolítica devem orientar o trabalho do professor. A aquisição da Língua Inglesa precisa ser algo prazeroso; contudo são verídicas as inúmeras dificuldades encontradas no aprendizado do Inglês em todas as séries, principalmente nas escolas públicas. Uma das principais dificuldades é a carência de recursos como o livro didático; que na maioria das vezes é a única fonte de aprendizagem, mas muitas escolas nem o adquirem. Deve-se considerar também o fato de que as condições na sala de aula da maioria das escolas brasileiras (carga horária reduzida, classes superlotadas, pouco domínio das habilidades orais por parte da maioria dos professores, material didático reduzido a giz e livro didático etc.) podem inviabilizar o desenvolvimento das habilidades orais como central no ensino de Língua Estrangeira. No Brasil não é levado em conta o critério de relevância social para a aprendizagem da Língua Inglesa. Com exceção da situação específica de algumas regiões turísticas ou de algumas comunidades plurilíngües, o uso de uma língua estrangeira parece está em geral, mais vinculado à leitura de literatura técnica ou de lazer.
Mas apesar dessa e outras dificuldades a sociedade vem exigindo a aquisição da Língua Inglesa, esta hoje é vista como Língua mundial, e o educando não tem recebido preparação para a aquisição do Inglês. Diante disto a desvalorização da Língua Inglesa por parte do educando impossibilita o êxito do aprendizado e o desenvolvimento da Língua que hoje domina o mundo em todos os âmbitos globais.

A aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão. Por esse motivo, ela deve centrar-se no engajamento discursivo do aprendiz, ou seja, em sua capacidade de se engajar e engajar outros no discurso de modo a poder agir no mundo social.

Para que isso seja possível, é fundamental que o ensino de Língua Estrangeira seja balizado pela função social desse conhecimento na sociedade brasileira. Embora seu conhecimento seja altamente prestigiado na sociedade, as línguas estrangeiras, como disciplinas, se encontram deslocadas da escola. A proliferação de cursos particulares é evidência clara para tal afirmação. Seu ensino, como o de outras disciplinas, é função da escola, e é lá que deve acontecer.

Durante o aprendizado da Língua Inglesa é preciso considerar o desenvolvimento de habilidades orais como central. No ensino de Língua Estrangeira no Brasil não leva em conta o critério de relevância social para a sua aprendizagem. Com exceção da situação específica de algumas regiões turísticas ou de algumas comunidades plurilíngües, o uso de uma língua estrangeira parece está, em geral, mais vinculado à leitura de literatura técnica ou de lazer. Note-se também que os únicos exames formais em Língua Estrangeira (vestibular e admissão a cursos de pós-graduação) requerem o domínio da habilidade de leitura. Portanto, a leitura atende, por um lado, às necessidades da educação formal, e, por outro, é a habilidade que o aluno pode usar em seu contexto social imediato.

Além disso, a aprendizagem de leitura em Língua Estrangeira pode ajudar o desenvolvimento integral do letramento do aluno. A leitura tem função primordial na escola e aprender a ler em outra língua pode colaborar no desempenho do aluno como leitor em sua língua materna.
PÚBLICO ALVO
O projeto será direcionado a educadores, equipe técnica e educandos do 4º ciclo (7ª série) do ensino fundamental de uma escola pública Estadual da cidade de Canavieiras-B A.

JUSTIFICATIVA

Adquirir conhecimento é um dos maiores desafios, para os educadores, comprometerem-se com uma educação de qualidade; tem sido uma das principais dificuldades encontradas na prática pedagógica.

Através deste projeto é esperado que seja intensificada a busca pelo conhecimento e a valorização da capacitação do educando; o qual deve ser incentivado a enfrentar desafios como: Dominar novas tecnologias, aquisição de uma nova Língua, pois esses tópicos são essenciais para que seja ampliado o nosso universo de aprendizagem, é necessária uma busca de novas formas para trabalhar a leitura e atividades onde o educando seja levado a utilizar estratégias de aprendizagem e de raciocínio crítico. Assim o educando não só aprenderá a Língua Inglesa, mas, também aprenderá a empregar tais conhecimentos e selecionará organizadamente as informações recebidas.

Na sala de aula faz-se necessário o desenvolvimento de processos culturais e sociais, onde o educando será levado a perceber a importância (valor) da Língua Inglesa em seu cotidiano. É esta concepção que se deve ter da aprendizagem de uma língua estrangeira, notadamente do inglês: usá-lo para se ter acesso ao conhecimento em vários níveis (nas áreas científicas, nos meios de comunicação, nas relações internacionais entre indivíduos de várias nacionalidades, no uso de tecnologias avançadas etc.). O acesso a essa língua, tendo em vista sua posição no mercado internacional das línguas estrangeiras, por assim dizer, representar para o aluno a possibilidade de se transformar em cidadão ligado à comunidade global, ao mesmo tempo em que pode compreender, com mais clareza, seu vínculo como cidadão em seu espaço social mais imediato.


OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Incentivar o aluno a valorização da comunicação humana, vivenciada através do uso da Língua Inglesa. Refletindo sobre as maneiras de agir, interagir e as visões de seu próprio mundo, viabilizando assim o maior entendimento do seu papel de agente transformador.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS


-Adquirir conhecimento sobre a organização e a oralidade textual, bem como utilizar a Língua Inglesa como comunicação.

-Possibilitar ao educando a aprendizagem de uma língua estrangeira em processo real, pedagógico, criativo e inovador.

-Reconhecer o valor necessário da Língua Inglesa como uma língua que lhe possibilita o acesso a um profissionalismo constituído de conhecimentos sistêmicos e necessários no processo global.

REVISÃO LITERÁRIA

Não é ato que a aquisição de conhecimentos está sobre a responsabilidade da escola, mas é bom lembrar que o estímulo deve ser desenvolvido no início da vida escolar; pois só assim o educando se sentirá estimulado a buscar o que lhe é importante, a Língua Inglesa é um dos desafios das novas tecnologias mundiais.

De acordo como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)-(1998). A Língua Inglesa tornou-se algo que tomou uma grande proporção mundial em todos os meios sociais,inclusive os de comunicação, profissional,científico e principalmente o tecnológico e no comércio. A Língua Estrangeira no ensino fundamental tem um valioso papel construtivo como parte integrante da educação formal. Envolvem um complexo processo de reflexão sobre a realidade social, política e econômica, com valor intrínseco importante no processo de capacitação que leva à libertação. Em outras palavras, Língua Estrangeira no ensino fundamental é parte da construção da cidadania. Os primeiros contatos com a aprendizagem de inglês de maneira formal, sistematizada, ocorrem para a maioria dos nossos alunos, no início do terceiro ciclo, período este em que, de modo geral, enfrentam conflitos, representados por transformações significativas relacionadas ao corpo, à sexualidade, ao desenvolvimento cognitivo, à emoção, à afetividade, além dos relacionados aos aspectos socioculturais. Torna-se bastante difícil traçar um perfil do aluno que chega ao terceiro ciclo, tanto em relação aos aspectos afetivo-emocionais que marcam esse período quanto em relação aos diferentes conhecimentos de língua materna que possuem e os diferentes níveis de familiaridade que apresentam em relação à língua estrangeira.

Para muitos alunos, o início do terceiro ciclo é também o momento de entrada no mercado de trabalho. A insegurança que todas essas mudanças geralmente representam pode se dar de modo mais marcado ainda no caso da Língua Estrangeira, por representar o início, para muitos deles, de uma aprendizagem totalmente nova. Contudo, a demanda de conhecimento de língua estrangeira na sociedade de hoje, coloca para o professor o desafio de partir da heterogeneidade de experiências e interesses dos alunos para organizar formas de desenvolver o trabalho escolar de maneira a incorporar seus diferentes níveis de conhecimento e ampliar as oportunidades.

Segundo Eduardo Amos e Elisabeth Prescher (2005), ambos os autores da coleção Our Way, afirmam que estudar Inglês deve ser prazeroso e divertido, pois é algo fundamental para a compreensão do espaço global em que vivemos.

METODOLOGIAS

-Exercícios de verificação de aprendizagem.
-Atividades estruturadas que poderão ser dinamizadas pelos alunos através da repetição (diálogos).
-Leitura de textos para a aquisição da pronúncia.
-Análise de textos para reforçarem os conhecimentos já adquiridos.



RECURSOS

HUMANOS
• Alunos do 3º ciclo do ensino fundamental;
• Professores;
• Equipe técnica e gestores da escola;


MATERIAIS
• Livros diversos de leitura , revistas, jornais, cadernos, dicionários ;
• Computador;
• Retro projetor;
• Lousa e giz;
• Aparelho de som
• Mídias de CD, DVD
• Pendrive
• Internet

CRONOGRAMA


MÊS Atividades para desenvolver

MARÇO -Apresentar o programa a Secretaria de Educação.
-Fazer a seleção das turmas nas escolas que participarão do projeto.
- Apresentar o projeto para diretoria e coordenação da escola selecionada.
-fechar parceria com a escola.


ABRIL -Fazer coleta de materiais (livros variados, revistas cadernos, dicionários, etc.) e seleciona-los para a realização das atividades.
-Definir as turmas que participarão do projeto.
-Capacitar professores e equipe técnica que desenvolverão as atividades.


MAIO -Aplicar oficinas nas aulas de Língua Inglesa para que os professores possam ir desenvolvendo as novas técnicas.

JUNHO - Iniciar a avaliação mensal dos alunos e consecutivamente registrar as oficinas realizadas com seus respectivos resultados.

JULHO -Produzir relatório de atividades para avaliação.

AGOSTO -Entregar os livros para os professores, e pedir para que o mesmo crie uma oficina para conversações.
- Aplicar a oficina criada pelo professor nas salas, as quais estarão subdivididas em grupo.

SETEMBRO -Observar os professores durante as aulas.
-Estimular os professores para que eles criem novas tecnologias para que a prática da Língua Inglesa seja mais valorizada.

OUTUBRO Estimular os professores para que ocorra a aplicação de atividades lúdicas nos horários das aulas de Língua Inglesa e extra-classe (festa das nações).

NOVEMBRO -Produção de relatório final.
-Revisão de relatório final.

DEZEMBRO -Apresentação de relatório final.
- Entrega de relatório final.
RESULTADOS ESPERADOS

*Promover a interação entre professor e aluno.
*Desenvolver a consciência no educando quanto cidadão, sobre a valorização e a reflexão da língua Inglesa em sua visão de mundo.
* Contribuir para a atuação dos professores na sala de aula.
*Desenvolver atitudes críticas, formando indivíduos aptos a analisar e discutir informações em conversações diversas.
* Que todos os objetivos sejam alcançados com grande êxito.
REFERÊNCIAS:

Brasil. Parâmetros Curriculares Nacionais:5ª a 8ª Série.Brasília,1998.
Amos, Eduardo. Our Way 2/.5ª ed. São Paulo: Moderna, 2005.



PROJETO DE PESQUISA - Dificuldades de Aprendizagem no desenvolvimento da Leitura e da Escrita dos Alunos do 6º ao 9º ano do Ensino

PROJETO DE PESQUISA


1. TEMA

Dificuldades de Aprendizagem no desenvolvimento da Leitura e da Escrita dos Alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental Colégio Estadual Osmário Batista do município de Canavieiras-BA no ano de 2009.

2. INTRODUÇÃO

O ato de ler e escrever sempre desempenhou um importante papel muito importante em vários âmbitos da sociedade. Em nossa realidade, quando um indivíduo ingressa no mundo escolar, cria-se um torno dele um verdadeiro circuito de expectativas referentes a organização da leitura e da escrita. Porém, quando se percebe que algo de errado está ocorrendo, que o educando não consegue assimilar as novas habilidades que a leitura requer, ocorre por parte dos pais e educadores o que chamamos de “pseudodiagnóstico”, rotulando-a muitas vezes como indisciplina ou até mesmo como preguiçosa. Na década de 1930, as dificuldades de aprendizagem foram atribuídas a desajustes emocionais e a criança com dificuldade era considerada como uma criança-problema; as dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita eram vistas como uma anormalidade.

Ainda hoje saber ler e escrever são capacidades indispensáveis para que o indivíduo se integre à sociedade. Apesar de todo o esforço que se tem empregado, aprender a ler ainda é uma atividade complicada para um grande grupo de alunos, que dificilmente conseguirá ser alfabetizado sem um apoio psicopedagógico. Tais dificuldades tendem a acompanhar o aluno e muitas vezes estas só são diagnosticadas entre o 6º e o 9º ano do ensino fundamental.

Tanto a leitura quanto a escrita se constitui como um dos avanços à busca do conhecimento sistemático é aprofundado. Contudo, tem–se que em virtude de não se desenvolver o hábito da leitura, encontra-se algumas dificuldades nesse contexto, o que causa preocupações, pelo fato da leitura e da escrita assumirem um certo destaque no processo de aprendizagem.

É através desta que o aluno desperta para interpretação dos fatos e ainda sente-se estimulado para desenvolver a aprendizagem, posto que a leitura se encarrega de amadurecer o intelecto.

É bem verdade as dificuldades apresentadas pela aprendizagem ganham uma outra conotação, a partir do momento em que identifica-se bloqueios referentes a leitura e a escrita, o que evidencia uma certa deficiência no desenvolvimento destas como prática escolar.

Para Martin & marches, Apud Coll et (1995 p.24 ), os distúrbios de aprendizagem.

Abrangem qualquer dificuldade observável pelo aluno para acompanhar o ritmo de aprendizagem de seus colegas, da mesma faixa etária seja qual for o determinante desse atraso . Certamente, a população assim definida é de uma grande heterogeneidade, não sendo simples encontrar critério que a delimite maior precisão.

Portanto, tais dificuldades são presenciadas pelos educadores. O aluno muitas vezes, não se dá conta, o que exige uma orientação e apoio, objetivando inserir o aluno no contexto educacional, utilizando a aprendizagem em todas as suas dimensões, o que se configura através de etapas. O motivo que levou a escolha do referido tema foi o fato de atuar junto a alunos com inúmeros problemas de aprendizagem. Algumas não aprendem, ou

aprendem mal, outras apresentam dificuldades até 9º ano do ensino fundamenta, pois seus professores não tem preparação específica para diagnosticar tais dificuldades.

Por isso já é comprovada a importância de trabalhos realizados nessa área de atendimento educacional àqueles com dificuldades em leitura e escrita principalmente entre o 6º e o 9º ano do ensino fundamental.

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Descrever e caracterizar as dificuldades de aprendizagem ligados ao desenvolvi- mento da leitura e da escrita identificando qual o tipo de distúrbio sofrido; buscando os melhores e mais corretos métodos para a reeducação dos educandos. Deste modo, este trabalho apresentará os principais fatores que interferem no processo de aprendizagem na vida escolar e como as dificuldades em leitura e escrita, que ocorrem desde o século XX, podem ser amenizadas e erradicadas.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Esclarecer a confusão entre “dificuldade”, “distúrbio”, “transtorno” de aprendizagem;

- Conceituar os distúrbios de aprendizagem, especificando suas características referentes a dificuldades em leituras e escrita;

- Diagnosticar e estabelecer medidas de intervenção em alunos com dificuldades de aprendizagem, sendo estas apontadas como as causas do fracasso escolar de acordo com a conduta do aluno e do professor, família e profissionais especializados.



4. REVISÃO DE LITERATURA

A definição do que se considera como distúrbio, transtorno, dificuldade e/ou problema de aprendizagem é uma das mais inquietantes problemáticas para aqueles que se atuam no diagnóstico, prevenção e reabilitação do processo de aprendizagem, pois envolve uma vasta literatura fundamentada em concepções nem sempre coincidentes ou convergentes. Segundo Moojen (1999), os termos distúrbios, transtornos, dificuldades e problemas de aprendizagem tem sido utilizados de forma aleatória, tanto na literatura especializada como na prática clínica e escolar, para designar quadros diagnósticos diferentes.

Na mesma perspectiva, França (1996) coloca que a utilização dos termos distúrbios, problemas e dificuldades de aprendizagem é um dos aspectos menos conclusivos. Para o autor, aparentemente os defensores da abordagem comportamental preferem a utilização do termo distúrbio, enquanto os construtivistas parecem ser adeptos do termo dificuldade. Ainda de acordo com o autor, aparentemente a distinção feita entre os termos dificuldades e distúrbios de aprendizagem esteja baseada na concepção de que o termo “dificuldade” está mais relacionado à problemas de ordem psicopedagógica e/ou sócio - culturais, ou seja, o problema não está centrado apenas no aluno, sendo que essa visão é mais freqüentemente utilizado em uma perspectiva preventiva; por outro lado, o termo “distúrbio” está mais vinculado ao aluno, na medida em que sugere a existência de comprometimento neurológicos em funções corticais específicas, sendo mais utilizado pela perspectiva clínica ou remediativa.

4.1 Dificuldades de aprendizagem

O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física, psicológica, social (educacional). Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas.

Fernández (1991) considera as dificuldades de aprendizagem como sintomas ou “fraturas” no processo de aprendizagem, onde necessariamente estão em jogo quatro níveis: o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo. A dificuldade para aprender, segundo a autora, seria o resultado da anulação das capacidades e do bloqueamento das possibilidades de aprendizagem de um indivíduo e, a fim de ilustrar essa condição, utiliza o termo inteligência aprisionada (atrapada, no idioma original).

Para a autora, a origem das dificuldades ou problemas de aprendizagem não se relaciona apenas à estrutura individual da criança, mas também à estrutura familiar a que a criança está vinculada.

A aprendizagem escolar é considerada um processo natural da criança, porém muitos alunos sentem grandes dificuldades nas séries do Ensino Fundamental com relação à leitura e à escrita. A aprendizagem escolar também é considerada um processo natural, que resulta de uma complexa atividade mental, na qual o pensamento, a percepção, as emoções, a memória, a motricidade e os conhecimentos prévios estão envolvidos e onde a criança deva sentir o prazer em aprender. O estudo do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades são desenvolvidos pela Psicopedagogia, levando-se em consideração as realidades interna e externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os, este estudo do processo de aprendizagem e suas dificuldades devem ser analisados primeiramente com relação à realidade externa e interna do aluno, utilizando vários campos de conhecimento e de uma forma global compreender a condição do sujeito que tem dificuldades em leitura e escrita.

Segundo Maria Lúcia Weiss,

a aprendizagem normal dá-se de forma integrada no aluno (aprendente),

no seu pensar, sentir, falar e agir. Quando começam aparecer “dissociações de campo” e sabe-se que o sujeito não tem danos orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na aprendizagem: algo vai mal no pensar, na sua expressão, no agir sobreo mundo.
O termo "dificuldade de aprendizagem" (no original em língua inglesa, "learning disability") aparentemente foi usado pela primeira vez e definida por Kirk (1962, citado em Streissguth, Bookstein, Sampson, & Barr, 1993, p. 144). O autor referia-se a uma aparente discrepância entre a capacidade da criança em aprender e o seu nível de realização. Nos Estados Unidos da América uma análise das classificações de Dificuldades de Aprendizagem em 49 dos 50 estados revelou que 28 dos estados incluiram critérios de discrepância de QI/realização em suas diretrizes para Dificuldades de Aprendizagem (Ibid., citando Frankenberger & Harper, 1987). No entanto, o Joint National Committee for Learning Disabilities (NJCLD) (1981; 1985) preferiu uma definição ligeiramente diferente:

"Dificuldades de Aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Esses transtornos são intrínsecos ao indivíduo e presume-se que devido à disfunção do Sistema Nervoso Central. Apesar de que uma dificuldade de aprendizagem pode ocorrer concomitantemente com outras condições incapacitantes (por exemplo, deficiência sensorial, retardo mental, distúrbio social e emocional) ou influências ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é o resultado direto dessas condições ou influências.

Ainda nos Estados Unidos, o "Individuals with Disabilities Education Act" (Lei de Educação das Pessoas Portadoras de Deficiência) define uma dificuldade de aprendizagem da seguinte forma:

"(...) [um] transtorno em um ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos na compreensão ou na utilização de linguagem falada ou escrita, que pode manifestar-se em uma habilidade imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar, ou fazer cálculos matemáticos (...). Dificuldades de Aprendizagem incluem condições como deficiências perceptivas, lesão cerebral, disfunção cerebral mínima, dislexia e afasia de desenvolvimento."

Na Grã-Bretanha a expressão "dificuldades de aprendizagem" é frequentemente e de maneira confusa usada como sinónimo de "retardo mental" devido ao estigma social ligado ao último termo. Entretanto, isto não é reconmhecido interncionalmente, e o termo correto para individuos com QI abaixo de 70 continua a ser retardamento mental.

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é frequentemente estudado em conexão com as dificuldades de aprendizagem, mas atualmente não está compreendido nas definições padrão de dificuldades de aprendizagem. É verdade que indivíduos com TDAH debatem-se com a aprendizagem, mas com frequência podem aprender adequadamente, uma vez que estejam adequadamente tratados/medicados. Uma pessoa pode ter TDAH mas não possuir dificuldades de aprendizagem, ou ter dificuldades de aprendizagem mas não apresentar TDAH.
As diferentes necessidades especiais com as quais se tem lidado, estão demonstradas no gráfico 1 que retrata os PNEs em categorias: 06 Deficientes Auditivos; 24 Deficientes Visuais sendo 16 com Baixa Visão e 07 Cegos; 27 Deficientes Físicos; 06 Disléxicos e TDAH.

Também é comum a confusão entre dificuldades de aprendizagem e as chamadas Necessidades Educativas Especiais assim como com as chamadas Inadaptações por Déficit Socioambiental. De modo geral, a criança com dificuldades de aprendizagem:

• Apresenta uma linha desigual em seu desenvolvimento;

• As suas dificuldades de aprendizagem não são causadas por pobreza ambiental;

• As suas dificuldades de aprendizagem não são causadas por atraso mental ou transtornos emocionais.

Dessa forma, só é procedente referir dificuldades de aprendizagem em relação a crianças que:

• Apresentam um quociente intelectual normal, muito próximo da normalidade ou mesmo superior;

• Possuem ambiente sóciofamiliar normal;

• Não apresentam deficiências sensoriais e nem afecções neurológicas significativas;

• O seu rendimento escolar é manifesto e reiteradamente insatisfatório.



São empregados vários termos para descrever dificuldades de aprendizagem em particular. Um indivíduo pode apresentar uma ou mais de uma:

• Disfasia/Afasia - Distúrbios de fala e linguagem

o dificuldade em produzir sons da fala (distúrbio da articulação) ;

o dificuldade em colocar as suas ideias em forma oral (desordem expressiva) ;

o dificuldade em perceber ou entender o que as outras pessoas dizem (transtorno receptivo) ;

• Dislexia - termo geral para uma deficiência na área da leitura.

o dificuldade em mapeamento fonético, onde

o doentes têm dificuldade em correspondência com várias representações ortográficas para sons específicos ;

o dificuldade com orientação espacial, que é estereotipado na confusão das letras b e d, assim como outros pares. Na sua forma mais grave, b, d, p e q, todos distinguidos principalmente pela orientação à mão, aparência idêntica à do disléxico ;

o dificuldade com a ordenação seqüencial, de tal forma que uma pessoa pode ver uma combinação de letras, mas não percebê-las na ordem correta;

Atendidos em 2006 Por Sexo Grau de dislexia



Em 865 atendidos, 581 foram diagnósticos com dislexia, 220 não disléxicos e 54 crianças de risco. (Crianças de risco estão entre 5 e 8 anos ainda não alfabetizadas e apresentam outras características da dislexia). Entre os 865 atendidos, predominam homens em 72%. As mulheres compõem 28% do total do período. Dos 581 diagnosticados como disléxicos, 46 (8%) têm grau leve, 305 (52%) têm grau médio e 230 (40%) têm grau severo de dislexia.



• Discalculia - o termo geral para uma deficiência na área da matemática. A discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia.

Disgrafia - o termo geral para uma deficiência na área da escrita física. É geralmente associada à dificuldade de integração visual-motora e habilidades motoras finas.
4.2 Distúrbios de Aprendizagem

Collares e Moysés (1992) analisaram o conceito de distúrbios de aprendizagem do ponto de vista etimológico e a partir do conceito proposto pelo National Joint Comittee for Learning Disabilities (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem), Estados Unidos da América.

Etimologicamente, a palavra distúrbio compõem-se do radical turbare e do prefixo dis. O radical turbare significa “alteração violenta na ordem natural” e pode ser identificado também nas palavras turvo, turbilhão, perturbar e conturbar. O prefixo dis tem como significado “alteração com sentido anormal, patológico” e possui valor negativo. O prefixo dis é muito utilizado na terminologia médica (por exemplo: distensão, distrofia). Em síntese, do ponto do vista etimológico, a palavra distúrbio pode ser traduzida como “anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural”

Segundo as autoras, seguindo a mesma perspectiva etimológica, a expressão distúrbios de aprendizagem teria o significado de “anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural da aprendizagem”, obviamente localizada em quem aprende. Portanto, um distúrbio de aprendizagem obrigatoriamente remete a um problema ou a uma doença que acomete o aluno em nível individual e orgânico.

De acordo com Collares e Moysés (1992), o uso da expressão distúrbio de aprendizagem tem se expandido de maneira assustadora entre os professores, apesar da maioria desses profissionais nem sempre conseguir explicar claramente o significado dessa expressão ou os critérios em que se baseiam para utilizá-la no contexto escolar. Na opinião das autoras, a utilização desmedida da expressão distúrbio de aprendizagem no cotidiano escolar seria mais um reflexo do processo de patologização da aprendizagem ou da biologização das questões sociais.

De acordo com a definição estabelecida em 1981 pelo National Joint Comittee for Learning Disabilities (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem), nos Estados Unidos da América,

Distúrbios de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central. Apesar de um distúrbio de aprendizagem poder ocorrer concomitantemente com outras condições desfavoráveis (por exemplo, alteração sensorial, retardo mental, distúrbio social ou emocional) ou influências ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é resultado direto dessas condições ou influências. (Collares e Moysés, 1992: 32)

No entanto, segundo Ross (1979, citado por Miranda, 2000), a utilização do termo “distúrbio de aprendizagem”, chama a atenção para a existência de crianças que freqüentam escolas e apresentam dificuldades de aprendizagem, embora aparentemente não possuam defeitos físicos, sensoriais, intelectuais ou emocionais. Esse rótulo, segundo o autor, ocasionou durante anos que tais crianças fossem ignoradas, mal diagnosticadas ou maltratadas e as dificuldades que demonstravam serem designadas de várias maneira como “hiperatividade”, “síndrome hipercinética”, “síndrome da criança hiperativa”, “lesão cerebral mínima”, disfunção cerebral mínima”, “dificuldade de aprendizagem” ou “disfunção na aprendizagem.”

Para Collares e Moysés (1992), os distúrbios de aprendizagem seriam frutos do pensamento médico, surgindo como entidades nosológicas e com o caráter de doenças neurológicas.



4.3 Transtornos de aprendizagem

Outra terminologia recorrente na literatura especializada é a palavra “transtorno”. Segundo a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da Classificação Internacional de Doenças - 10, elaborado pela Organização Mundial de Saúde:

O termo “transtorno” é usado por toda a classificação, de forma a evitar problemas ainda maiores inerentes ao uso de termos tais como “doença” ou “enfermidade”. “Transtorno” não é um termo exato, porém é usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferência com funções pessoais (CID - 10, 1992: 5).
A Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da Classificação Internacional de Doenças - 10 (ou, simplesmente CID - 10) situa os problemas referentes à aprendizagem na classificação Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares (F81), que, por sua vez, está inserida na categoria mais ampla de Transtornos do desenvolvimento psicológico (F80 - 89). Segundo o CID - 10, todos os transtornos incluídos na categoria Transtornos do desenvolvimento psicológico (F80 - 89), inclusive os Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares (F81), possuem os seguintes aspectos em comum:

- um início que ocorre invariavelmente no decorrer da infância;

- um comprometimento ou atraso no desenvolvimento de funções que são fortemente relacionadas à maturação biológica do sistema nervoso central;

- um curso estável que não envolve remissões (desaparecimentos) e recaídas que tendem a ser características de muitos transtornos mentais.

Segundo o CID - 10:

Na maioria dos casos, as funções afetadas incluem linguagem, habilidades visuoespaciais e/ou coordenação motora. É característico que os comprometimentos diminuam progressivamente à medida que a criança cresce (embora déficits mais leves freqüentemente perdurem na vida adulta). Em geral, a história é de um atraso ou comprometimento que está presente desde tão cedo quando possa ser confiavelmente detectado, sem nenhum período anterior de desenvolvimento normal. A maioria dessas condições é mais comum em meninos que em meninas. (Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da Classificação Internacional de Doenças - 10, 1992: 228).

Em relação aos Transtornos do desenvolvimento psicológico (F80 - 89), o documento coloca que é característicos a esses tipos de transtornos que uma história familiar de transtornos similares ou relacionados esteja presente e que fatores genéticos tenham um papel importante na etiologia (conjunto de possíveis causas) de muitos (mas não de todos) os casos. Os fatores ambientais freqüentemente podem influenciar as funções de desenvolvimento afetadas, porém, na maioria dos casos, esses fatores não possuem uma influência predominante. E adverte que, embora exista uma concordância na conceituação global dos transtornos do desenvolvimento psicológico, a etiologia na maioria dos casos é desconhecida e há incerteza contínua com respeito a ambos (CID - 10, 1992: 228).

Acerca dos Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares (F81), o documento coloca que:

(...) são transtornos nos quais os padrões normais de aquisição de habilidades são perturbados desde os estágios iniciais do desenvolvimento. Eles não são simplesmente uma conseqüência de uma falta de oportunidade de aprender nem são decorrentes de qualquer forma de traumatismo ou de doença cerebral adquirida. Ao contrário, pensa-se que os transtornos originam-se de anormalidades no processo cognitivo, que derivam em grande parte de algum tipo de disfunção biológica (CID - 10, 1992: 236)

Os transtornos de aprendizagem podem originar-se de distúrbios na interligação de informações em várias regiões do cérebro, nos quais, podem ter surgido durante a gestação. Dentre os transtornos de aprendizagem, o mais agravante é o transtorno de leitura e escrita, o qual será abordado neste estudo.

Na década de 1960, as causas do insucesso escolar foram atribuídas somente a fatores orgânicos e psicológicos. Por consequência, a criança deveria ser encaminhada apenas por profissionais qualificados na área.

Na década de 1970, estudiosos americanos afirmam que as dificuldades de

aprendizagem eram decorrentes das péssimas condições de vida do indivíduo

atribuindo a maior responsabilidade da educação à escola.

Nas décadas de 1980 e 1990, através de pesquisas e trabalhos em todo mundo, concluiu-se que os erros estão nas instituições educacionais, incluindo

professores, instituições do sistema governamental e projetos mal elaborados

inseridos na proposta educacional.

Atualmente, muitos profissionais da educação confundem o quadro de transtorno de aprendizagem com dificuldades de aprendizagem. Educadores ao refletir sobre o papel da escola no processo de aquisição da leitura e da escrita apontam para a necessidade de elevar a qualidade dos recursos humanos param atender os alunos. Souza (1996) afirma que as dificuldades de aprendizagem aparecem quando a prática pedagógica diverge das necessidades dos alunos. Neste aspecto, sendo a aprendizagem significativa para o aluno, este se tornará menos rígido, mais flexível, menos bloqueado, isto é, perceberá mais seus sentimentos, interesses, limitações e necessidades.

Segundo Fonseca (1995), as dificuldades de aprendizagem aumentam na presença de escolas superlotadas e mal equipadas, carentes de materiais didáticos inovadores, além de frequentemente contarem com muitos professores “derrotados” e “desmotivados”.

Na perspectiva de Vigotsky a respeito da influência sócio-cultural, no processo de desenvolvimento humano, destaca-se a interação criança-adulto, no sentido de possibilitar avanços do aprendizado contextualizado à realidade vivenciada, e nesse leque de interações a leitura e escrita pode ser incentivada nas relações familiares. Observa-se que o contexto familiar dos alunos pertencentes às classes menos favorecidas, os níveis de aprendizado da família em alguns momentos impedem-nas de progredir na leitura e escrita, pois a leitura e escrita são apropriadas pelos alunos também no convívio com outras pessoas. Se o clima dominante no lar é de tensões e preocupações constantes, provavelmente a criança se tornará uma criança tensa, com tendência a aumentar a proporção dos pequenos fracassos e preceitos próprios da contingência da vida humana. Se o clima é autoritário, onde os pais estão sempre certos e os filho sempre errados, estes podem se tornar acovardados e submissos com professores, e dominadores, hostis com outros mais jovens que eles, ou pode revoltar-se contra qualquer tipo de autoridade. Se o clima emocional do lar é sempre o clima emocional do lar é acolhedor e permite a livre expressão emocional do indivíduo, ele tenderá a reagir com seus sentimentos, positivos ou negativos, livremente.

Strick e Smith (2001) ressaltam que o ambiente doméstico exerce um importante papel para determinar se qualquer indivíduo aprende bem ou mal. Sendo assim os indivíduos que recebem um incentivo carinhoso durante toda a vida tendem a ter atitudes positivas, tanto sobre a aprendizagem quanto sobre si mesmos. Estes buscam e encontram modos de contornar as dificuldades, mesmo quando são bastante graves. As autoras colocam que o estresse emocional também compromete a capacidade do indivíduo para aprender.

Nessa perspectiva REGO (1998) aponta que o desenvolvimento do aprendizado do aluno incide na participação do adulto, seja ele o professor, os pais, ou outros adultos que convivem com os alunos. No nível social considera-se a aprendizagem como um dos pólos do processo ensino-aprendizagem, que sintetizado constitui o processo educativo dedicado à transmissão da cultura. Por meio dele o sujeito histórico exercita, assume e incorpora a cultura popular. Ao contemplarmos as relações raciais dentro do espaço escolar, questionamo-nos até que ponto ele está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que preserva a diversidade cultural, responsável pela promoção da eqüidade. Diante disso, entendemos que ser professor no Brasil significa compreender que a prática da linguagem seja esta escrita ou falada traduz-se muitas vezes na capacidade de denunciar os preconceitos sociais e linguísticos, e fazer com que o ensino/aprendizagem seja um instrumento para uma melhor qualidade de vida do indivíduo.

Diante desses aspectos revelados, o indivíduo constrói seus conhecimentos numa relação dialética com o mundo em que vive. Assim não é apenas a escola que contribui nesse aprendizado, mas é uma somatória de atividades vivenciadas permitindo apropriar-se do conhecimento. Portanto, a escola assume papel destacado no processo educativo através da elaboração do conhecimento sistematizado que favorece o desenvolvimento do aluno, diante da sociedade. A utilizar da palavra linguagem está referindo-se à linguagem como comunicação, representação e prática social e às suas modalidades oral e escrita; da mesma forma, é a partir da relação com o outro, através do vínculo afetivo que, o aluno vai tendo acesso ao mundo simbólico e, assim, conquistando avanços significativos no âmbito cognitivo fazendo assim com que o educando supere as dificuldade na aprendizagem. Para Fernandez (1990), quando o fracasso escolar (acompanhado pelas dificuldades de aprendizagem) se instala, profissionais (fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos, psicopedagogos) devem intervir, ajudando através de indicações adequadas. Pois, Essas dificuldades necessitam de um “olhar” pedagógico diferenciado para que os estudantes não percam tanto tempo para superá-las.

Entende-se que a escola através do acompanhamento sistemático do aprendizado dos alunos é possível desenvolver um trabalho qualitativo, capaz de elevar o nível de apreensão da leitura e escrita.

O psicopedagogo por exemplo deve usar o diagnóstico psicopedagógico para detectar os problemas de aprendizagem.

RUBINSTEIN (1996) compara diagnóstico psicopedagógico a um processo de investigação, onde o psicopedagogo assemelha-se um a detetive a procura de pistas, selecionando-as e centrando-se na investigação de todo processo de aprendizagem, levando-se em conta a totalidade dos fatores envolvidos neste processo.

Afirma ela que o diagnóstico psicopedagógico é em si mesmo uma intervenção, pois o psicopedagogo tem que interagir com o cliente, a família, e a escola, partes envolvidas na dinâmica do problema de aprendizagem.

A autora RUBINSTEIN (1996,p128) ilustra que " durante e após o processo diagnóstico serão construídos um conhecimento e uma compreensão a respeito do processo de aprendizagem". Isto permite que o psicopedagogo tenha maior clareza a respeito dos objetivos a serem alcançados no atendimento psicopedagógico.

O diagnóstico psicopedagógico clínico, segundo a estudiosa (RUBINSTEIN (1996, p.134) deve concentrar sua ação no sentido de "... levantar hipóteses, verificar o potencial de aprendizagem, mobilizar o aprendiz e o seu entorno (família e escola) no sentido da construção de um olhar sobre o não aprender.

Quais recursos o psicopedagogo usa para realizar o diagnóstico e a intervenção psicopedagógica?

O Código de Ética da Psicopedagogia , em seu (Capítulo I - Dos Princípios - Artigo 1º) afirma que o psicopedagogo pode utilizar procedimentos próprios da Psicopedagogia. Neste sentido, realizando o diagnóstico psicopedagógico, o psicopedagogo está utilizando procedimentos próprio de sua área de atuação. No artigo 2º , enfatiza-se o caráter interdisciplinar da Psicopedagogia, destaca o uso de recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, também, menciona o uso de métodos e técnicas próprias.

RUBINSTEIN (1996) destaca que o psicopedagogo pode usar como recursos a entrevista com a família; investigar o motivo da consulta; realizar procurar a história de vida da criança realizando Anamnese; entrevistar o cliente; fazer contato com a escola e outros profissionais que atendam a criança; manter os pais informados do estado da criança e da intervenção que está sendo realizada; realizar encaminhamento para outros profissionais, quando necessário.

Os recursos apontados por RUBINSTEIN (1996) constituem-se em instrumentos para a realização do diagnóstico e intervenção psicopedagógica. Porém, BOSSA (1994), destaca outros recursos para o diagnóstico psicopedagógico, referindo-se a Provas de Inteligência (Wisc); Testes Projetivos; Avaliação perceptomotora (Teste Bender); Teste de Apercepção (CAT.); Teste de Apercepção Temática(TAT.); também, refere-se a Provas de nível de pensamento (Piaget); Avaliação do nível pedagógico ( nível de escolaridade); Desenho da família;Desenho da figura Humana;H.T.P - Casa, Arvore e Pessoa (House, Tree, Person); Testes psicomotores: Lateralidade; Estruturas rítmicas .

Considerando que a Psicopedagogia é uma área multidisciplinar, deve o psicopedagogo desenvolver trabalhos integrados com outros profissionais, respeitando o seu cliente e resguardando, para os psicólogos, a exclusividade do uso dos testes psicológicos, pois a Psicopedagogia conta com uma série de recursos que permite ao psicopedagogo desenvolver seu trabalho em harmonia com outras áreas do conhecimento humano, trabalhando nos estritos limites das atividades que lhes são concedidas, conforme aponta o Capítulo III do Código de Ética.

4.0. Recursos para o diagnóstico e intervenção psicopedagógico

O diagnóstico psicopedagógico, segundo RUBINSTEIN (1996), possui uma dinâmica muito particular, fazendo com que o psicopedagogo participe ativamente do processo psicopedagógico, contrariando os padrões onde o terapeuta adota uma atitude estática diante da dinâmica do caso.

Ao analisar as dificuldades do aluno durante o processo de aprendizagem, (Feuerstein, 1994 p. 15-16 ) afirma que muitos indivíduos considerados rebaixados cognitivamente, deveriam ser considerados "operadores retardados", e suas habilidades cognitivas poderão ser melhoradas qualitativamente, mesmo na fase mais tardia da adolescência ou na fase adulta. Isto seria possível graças a uma ativa e adequada mediação nos processos de aprendizagem. Além do mais, que esse profissional seja reflexivo em sua prática pedagógica, deve ser sensível a apreensão de possibilidades alternativas, deve ter consciência que é passível de erros, esteja sempre se questionando no seu fazer em sala de aula, indo além das atividades imediatistas, tendo em mente o tipo de homem que quer formar.

4.4 Questões norteadoras da pesquisa ( professores, alunos e gestores)

4.4.1-Qual a importância da Educação e do ensino aprendizagem segundo o ponto de vista :

-Dos professores

- Dos alunos

-Da gestão

4.4.2-Qual o significado da Educação e das dificuldades de aprendizagem no ensino da leitura e da escrita segundo o ponto de vista :

- Professores

- Dos aluno

- Da gestão

4.4.3-Como deveria acontecer na Educação no que se refere ás dificuldade de aprendizagem da escrita e da leitura segundo o ponto de vista :

-Professores

-Dos aluno

- Da gestão

5. METODOLOGIA

O estudo terá como modalidade de pesquisa o método quantitativo cuja abordagem centra-se no método de procedimento comparativo. O uso do método quantitativo é necessário porque ele tem como objetivo “propor uma explicação do conjunto de dados reunidos a partir de uma conceitualização da realidade percebida ou observada” (CHIZZOTTI 2001:69) e a análise desses dados “supõe a quantificação dos eventos para submetê-los à classificação, mensuração e análise”. (Idem CHIZZOTTI 2001:69)

Já o método comparativo será usado porque, segundo Gil (1991:35) ele “procede pela investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre eles” e outro aspecto levantado por Lakatos (2003:107) é que “o estudo das semelhanças e diferenças entre os indivíduos para uma melhor compreensão do comportamento destes”.

5.1– Os sujeitos participantes da pesquisa

Para realização da referida pesquisa pretende-se estudar uma amostra de seis educandos de ambos os sexos, sendo que dois desses indivíduos estarão cursando o 6º ano do ensino fundamental outros dois estarão no 7º ano do ensino fundamental também, um educando no 8º ano e outro no 9º ano . A pesquisa contará ainda com a participação dos professores, alunos e gestores da escola.

5.2 – O local da pesquisa

O local destinado à realização desse estudo será uma escola da rede pública Estadual de ensino situada na rua Otávio Mangabeira, S/N no município de Canavieiras - BA.

Essa escola cujo nome é Colégio Estadual Osmário Batista, desempenha suas funções a 51 anos. Suas atividades estão voltadas para educação do ensino fundamental, médio e técnica tendo em sua grade o curso Normal ( antigo Magistério).

5.3 – Os instrumentos da pesquisa

O referido escopo fará uso de questionário e observação não participante, bem como entrevista dirigida com os professores dos alunos e gestores. Ao referir-se ao questionário Gil (1991:124) diz que é uma “técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos (...) etc.”

Para a realização de parte desse estudo a pesquisadora observou, de forma não-participativa, os sujeitos desse escopo, pois para Lakatos (2003:19) “o pesquisador toma contato com a comunidade, grupo ou realidade estudada, mas sem integrar-se a ela: permanece de fora. Presencia o fato, mas não participa dele (...)”.

Com os professores e as crianças far-se-á o uso de pesquisa dirigida, uma vez que “é um tipo de comunicação entre um pesquisador (...) e indivíduos que detenham informações e possam emiti-las (...), é um diálogo preparado com objetivos definidos e uma estratégia de trabalho”. (CHIZZOTI 2001:57)

O escopo contará ainda com a máquina fotográfica digital, gravador e a caderneta de campo.

5.4– O tratamento com os dados

Para análise e discussão dos dados pretende-se fazer uso de tabela do Excel seguida de gráfico que apresentará os resultados que serão posteriormente discutidos com a teoria respeitante.

6. CRONOGRAMA (quando? Em quanto tempo?)

ATIVIDADES

DESENVOLVIDAS

SEMANALMENTE JANEIRO FEVERIRO



SEMA- NA 2ª

SEMA- NA 3ª

SEMA- NA 4ª

SEMA- NA 1ª

SEMA- NA 2ª

SEMA- NA 3ª

SEMA- NA 4ª

SEMA- NA

Seleção do Objeto de Estudo X

Elaboração dos

fichamentos

Elaboração primeira etapa: (tema,problema,objetivos geral e específicos, introdução)

Construção do Referencial Teórico

Construção E Elaboração do Referencial Metodológico

Revisão Ortográfica

Preparação para a Entrega do projeto

Entrega do projeto

ANEXOS

ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM ALUNOS, PAIS, PROFESSORES E GESTORES
Caro Sr.(a).

Essa pesquisa visa identificar e discutir a partir das representações dos alunos e professores, no contexto social, o significado e a importância da educação bem como o ensino aprendizagem e as dificuldades de aprendizagem no desenvolvimento da Leitura e da Escrita dos Alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

Sua colaboração respondendo com clareza este questionário, será de grande importância, pois resultará em resposta para uma comunidade científica e interessada.

Com os resultados desse trabalho, futuramente poderá assim superar esse desvirtuamento da aprendizagem.

Os dados obtidos nessa pesquisa serão utilizados para estudos e mantidos em sigilo bem como a identidade do informante.



4.4.4 ROTEIRO DE ENTREVISTA COM ALUNOS

BLOCO I - DADOS PESSOAIS

-Nome:

-Idade

-Série:

BLOCO II - O SIGNIFICADO DA EDUCAÇÃO

- O que é a escola para você?

-Você gosta da escola? Por quê?

-O que você mais gosta na escola? Por quê?

-O que você não gosta na escola? Por quê?



BLOCO III- A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO

1-Por que você vem para a escola?

2-Qual atividade você mais gosta? Por que?

3-Qual atividade você não gosta? Por que?

4-Acha importante vir todos os dias para a escola? Por que?

5-O que você mudaria nas atividades de leitura e escrita na escola?

6- Você tem alguma dificuldade durante a execução desse tipo de atividades?

7 - Você tem dificuldades na leitura e na escrita? Porque?

8- A leitura e a escrita são importantes para você?Porque?

9- Como você acha que a escola deveria trabalhar para melhorar o trabalho da leitura e da escrita?

10-Para você o que é ler e escrever? Comente.

11- Você acha que a escola esta lhe ajudando no desenvolvimento da sua leitura e da escrita?

12 - Quem tem hábito de ler em sua casa?

13- Quais as dificuldade vivenciadas por você no processo de aprendizagem referente a leitura ?

4.4.5 ROTEIRO DE ENTREVISTA COM OS PROFESSORES

BLOCO I- DADOS PESSOAIS

-Nome:

-Idade:

-Formação:

-Tempo de trabalho:



BLOCO II - SIGNIFICADO DA EDUCAÇÃO

1- Quais atividades você utiliza na sala de aula para a aquisição da aprendizagem da leitura e da escrita?

2- Quais assuntos você acha importante para os alunos utilizar novas estratégias de aprendizagem modalidade da leitura e da escrita?

3- Utiliza algum procedimento metodológico na sua prática cotidiana no que se refere a tais modalidades? Qual (is)? Por quê?

4- O que você acha dos alunos durante a sua prática cotidiana dessas modalidades?

5- Quais suas expectativas quanto ao aproveitamento dos alunos?

6- Os alunos tem mais dificuldades no processo de aprendizagem na escrita ou na leitura?

7- Como você exerce sua práxis, a fim de alcançar os objetivos educacionais da escola?

8- Que metodologia você utiliza para garantir às crianças clareza e segurança no seu aprendizado?

9- O que você faz, quando descobre em sua turma uma criança com dificuldade na leitura ou na escrita?.

10- Quais os recursos que você utiliza para trabalhar com essa criança?

11- Você faz um trabalho individualizado ou coletivo já que essa criança tem dificuldade na leitura?



BLOCO III - A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO

1- Acha a Educação fundamental importante para os alunos terem sucesso nos anos escolares posteriores? Por quê?

2- Qual o principal objetivo do seu trabalho?

3- Seus alunos faltam muito? Sabe o motivo? Acha que as faltas são muito prejudiciais? Por quê?

4- Você se interessa pela vida dos seus alunos? Por quê?



4.4.6 ROTEIRO DE ENTREVISTA COM OS GESTORES



BLOCO I - DADOS PESSOAIS

-Nome:

-Idade:

-Formação:

-Tempo de trabalho:

-Outros cursos:



BLOCO II - SIGNIFICADO DA EDUCAÇÃO

1- Quais suas funções junto: aos pais e alunos?

2- Quais assuntos você acha importante para os alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental para através destes detectar as dificuldades na aprendizagem?

3- O que você acha dos alunos segundo a aprendizagem destes e suas dificuldades?

4- Quais suas expectativas quanto ao aproveitamento dos alunos?



BLOCO III - A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÕES

1- Acha o diagnóstico das dificuldade de aprendizagem importante para os alunos terem sucesso no processo de ensino aprendizagem? Por quê?



2- Os alunos faltam muito? Sabe o motivo? Acha que as faltas são muito prejudiciais? Por quê?



3- Você se interessa pela vida dos alunos durante o processo escolar? Por quê?

4- Para você qual o principal papel do professor?

5- A escola desenvolve algum programa de acompanhamento para os alunos com dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita? Qual? Quem o executa?





















7. REFERÊNCIAS



• BOSSA, DRA. N. A. "Do nascimento ao inicio da Vida Escolar: o que fazer para os filhos darem certo ?" in Revista Psicopedagogia. Vol. 17, São Paulo, Salesianas 1994.

• BRASIL. Lei 9394, de 20 dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. ( consulta)

• CHIZZOTTE, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5ª

ed. São Paulo: Cortez, 2001.

• Código Geral de Ética da Federação de Associações de Psicólogos (FEAP) 1995.

• COLLARES, C. A. L. e MOYSÉS, M. A. A. A História não Contada dos Distúrbios de Aprendizagem. Cadernos CEDES no 28, Campinas: Papirus, pp.31-48. 1992/1993.

• CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer CEB/CNE de 1 de junho de1998. & J. Arnay (Orgs.).

• FERNANDEZ, A. A Inteligência Aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990/1991.

• FERREIRO, Emília.Com todas as letras 9 .ed . São Paulo : Cortez :1992.

• FEUERSTEIN, Reuven. Avaliação Indivíduos com Atraso de Desenvolvimento. Psicopedagogia. São Paulo,13 (34): 5-8, Agosto, p. 15-16.1994 ).

• FONSECA, Fernanda Irene .A escrita : do gesto ao texto. p.30 -. 1995.

• FRANÇA, C. Um novato na Psicopedagogia. In: SISTO, F. et al. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.

• _________ Psicogênese da língua Escrita. 4 ed. Porto Alegre: Artes médicas, 1991.



• FRANKENBERGER & HARPER, Individuals with Disabilities Education Act"Lei de Educação das Pessoas Portadoras de Deficiência. p. 105. 9997.

• GIL, Lina Maria Fernandes de. Educação inclusiva: o que o professor tem a ver com isso? São Paulo: Imprensa oficial do Estado de São Paulo, 2005.

• LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6º ed. – São Paulo: Atlas, 2001.

• MARTIN & MARCHES, Apud Coll ET. Leitura como prática escolar. p.24. 1995.

• MIRANDA, M. I. (Ross 1979, citado por)Crianças com problemas de aprendizagem na alfabetização: contribuições da teoria piagetiana. Araraquara, SP: JM Editora, 2000

• MOOJEN, S. Dificuldades ou transtornos de aprendizagem? In: Rubinstein, E. (Org.). Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999

• REGO, Teresa Cristina. Uma Perspectiva Histórica. Cultural da Educação. 10° ed. São Paulo :1998. Editora Vozes, 1999.

• RUBINSTEIN,E.A Intervenção Psicopedagógica Clínica, in SCOZ at alii, Psicopedagogia: Contextualização, Formação e Atuação Profissional, Porto Alegre: Artes Médicas, l992.

• SOUZA, Marcio Vieira. As vozes do Silencio: o movimento pela democratização da comunicação no Brasil; Florianópolis: Dialogo, 1996.

• VIGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

• Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN. Brasília, Imprensa Oficial, 1997. (consulta)

• SMITH, Frank.Smit Leitura significativa. (1999) Tradução de Beatriz Affonso Neves. 3ª ed. Porto Alegre: Artes médicas. P. 9 – 38. (2001).

• WEISS, Maria Lúcia. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 9a.ed. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2002.

• 14 KIRK (1962) citado em Streissguth, Bookstein, Sampson, & Barr, p. 144, 1993.